14h30 – Fila de banco – 20 pessoas – 2 caixas abertos. De 3.
[LIGAÇÃO FEITA] Rudi sofreu um acidente de carro no ABC, local onde mora. Um caminhão prensou seu veículo contra outra carreta. O rapaz, que não sofreu grandes ferimentos externos, estaria bem. Estaria. Não fossem as graves lesões internas: baço, fígado e pulmão perfurado. O médico iniciou uma nova medicação, ele estava reagindo bem, mas piorou. Porém, segundo o doutor ainda há motivos para manter a esperança: ele é jovem, tem vontade de viver e um filho. Mas na madrugada passada quase foi embora.
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[LIGAÇÃO FEITA – EM HORÁRIO DE TRABALHO] Na geladeira dela tem uma cebola, uma maçã e frango. O sujeito quase morreu de rir quando ela disse isso. [A moça do caixa interrompeu o atendimento para informar isso ao seu interlocutor]
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[LIGAÇÃO RECEBIDA - Toque da Banda Dejavu - duração 15 segundos até atender] Com um capacete ele está enfrentando uma fila do tamanho do mundo. Nas Casas Bahia. A mulher encheu o saco dele e ele foi pagar a conta que vencia na semana que vem ainda. O débito no valor de 70 reais fazia parte de um acordo sobre a dívida.
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“Saque máximo 600 reais. Favor não insistir”. A placa dizia. Em vermelho. Era só ler.
- Mas não pode mais de 600?
- Não.
- Puxa.
[A fila aumenta, o calor, a despeito do inverno, seguia brabo. Quase 15h10 e a barriga roncava]
- O senhor pode ir até o caixa eletrônico e sacar até mil reais.
- Não, então vou pagar só essa.
- Tem certeza?
- Sim.
- Certo, então o valor máximo é de 600 reais.
- Mas, tem certeza, que não pode mais de 600?
- Não.
- Tá ok.
[E ri-se Satanás...]
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Modere sua voz. Leia placas.
Por um mundo melhor e uma fila menor.
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