O que faz a juventude mudar tanto? Devido a acontecimentos recentes me fiz essa pergunta.
Eu me lembro que no meu tempo (e isso não foi há muito, uma década ou menos, ou mais) diversão para nós significava assistir a programas mais inofensivos na TV – quem não se lembra do saudoso Castelo Rá-Tim-Bum? -, jogar coisas, tipo Banco Imobiliário, cartas, fossem elas de Pokemón ou Yu-Gi-Oh, inventar mil e uma brincadeiras no recreio, ficar atormentando as meninas, andar patinete domingo na rua de vovô e vovó. Computador? Alguns jogos apenas. Internet? Muito mais legal conversar pessoalmente, rir pessoalmente do que ficar nos tais “orkuts” da vida. E festas? Ah, quantos aniversários no Mcdonalds! A maior transgressão às regras era empilhar os portas-guardanapos até onde era possível: sempre algum espírito de porco balançava a mesa e uma daquelas molas soltava, fazendo com que a pilha desmoronasse, ou ainda, as inesquecíveis bisnagas de ketchup e mostarda, que tinham tudo, menos ketchup e mostarda! Em casa, muito brigadeiro, salgadinhos. E bebida alcoólica? Quando havia, apenas nas mãos dos adultos, com suas cervejas ou caipirinhas. Álcool reservado apenas a comemorações e para os que legalmente podem beber!
Hoje? Qual o sinônimo de festa pra “garotada”?
“Crianças” de 13, 14 anos bebendo vodka, catuaba e cerveja como se fossem o mais inofensivo refrigerante ou água. Garotas maquiadas com seus shorts extremamente curtos e apertados, dançam funk até o chão. Não estou falando de maiores de idade. Menores! E não são “crianças” sem tutela familiar: moram com pai e mãe. Ou melhor, “pai” e “mãe”. Entre aspas, pois penso que não pode ser pai ou mãe de verdade alguém que ignore hábitos grotescos e precoces em seus filhos ou autorizem-nos a tais atos degradantes!
Tem mais de 18 anos, faça o que quiser. Me dói ver que são crianças.
Churrascos sem carne. Churrascos com álcool para acender a churrasqueira e jorrar na boca de menores. Triste. Muito triste.
Onde estão os “pais”? Percebam o monstro que estão criando, antes que seja tarde.
Eu acho que a "infância" da maioria das crianças está acabando bem mais cedo há um certo tempo: Na minha própria, quantas meninas com seus 12 anos já iam maquiadas para escola? Tinha muitas colegas que muito antes disso, já andavam que nem anãs, com roupas de moça e interessada em garotos enquanto eu queria jogar bola e pigue-pong?
ResponderExcluirAcho que isso é culpa dos pais, mas também da própria sociedade. Não dá pra uma criança hoje ter uma infância "normal". Pais que sacrificam-se em seus serviços, não tem tempo para seus filhos. E estes? Passam o tempo que não estão na escola, vendo TV (com programas encharcados de sensualidade e apologias) ou na internet (tendo acesso a pornografia em um click).
Como ensinar para um criança que está passando por mudanças e entrando na adolescência - um período bem complicado - que se deve preservar fisico e moralmente, não exagerando no álcool e afimar que o importante é o caráter, com as diversas propagandas na TV onde mulheres tidas como "modelo de perfeição", aparecem seminuas em um bar, cheio de caras, todos felizes e bebendo até umas horas?
Há um bom tempo me pergunto o que fez a juventude mudar tanto - acho que trata-se de uma 'bola de neve' - e em vez de encontrar uma resposta, a única coisa que percebo é que isso só tende a piorar. É preocupante e lamentável.
ResponderExcluirO período de infância foi regredindo ao longo do tempo e temo que tenhamos sido a última geração que viveu algo digno de ser chamado de infância.
Na minha epoca festa era juntar 10 mlks pra virar a noite jogando winning eleven, gta, naruto, NFS e SWBFII comendo doritos com coca cola, além dos corujões em lan...
ResponderExcluirO que vimos ontem não passava de crianças imaturas tentando se mostrar umas pras outras, bebendo no gargalo bebidas que nem eu com meus quase 20 anos tenho coragem, para não manchar de minha integridade.
Sei que não vem ao caso mais o cumulo mesmo foi dois pirralhos tomando cerveja QUENTE, quem nesse vasto mundo é idiota o bastante para beber cerveja quente para se mostrar.
É sinto saudades do doritos com coca cola.
Assino em baixo. Pseudopais, pseudoprogramas educativos...
ResponderExcluirBeijos e obrigado pelo comentário.
É, meu amigo. Quanto mais o tempo passa, pior fica para nós: somos os velhos...E é assim: jovens com mentalidade "boa" estão ficando cada vez mais raros e são verdadeiras aberrações pros "jovens" de hoje.
ResponderExcluirAbração e obrigado pelo comentário.
É isso aí, Brenão. Nosso tempo é passado e ai de nós se falarmos algo contra essa depravação toda...
ResponderExcluirAbração! Muito boa a pizza ontem! =)
Por coincidência, no Estadão de hoje:
ResponderExcluir"Dos jovens viciados em álcool, 40% começaram a beber antes dos 11 anos"
(...) "O ponto que mais chamou a atenção foi o fato de os jovens terem começado a beber ainda crianças, geralmente em casa ou na presença de familiares. Segundo o levantamento, em 39% dos casos o pai bebia abusivamente; em 19%, a mãe; e em 11%, o padrasto. O relatório aponta ainda que, após o contato com álcool e tabaco, metade relatou ter experimentado maconha.
"Eram crianças que tinham o consentimento da família para beber, porque o pai ou a mãe bebiam. Eles começaram a ingerir bebidas sem culpa e não se deram conta de que estavam se viciando. Um paciente chegou a dizer que havia nascido dentro do álcool", diz a diretora do Cratod." (...)
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110207/not_imp676104,0.php