sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Jornalista baleado no Egito morre

Do Estadão

Jornalista baleado no Egito morre


Segundo ministro da Saúde, manifestações desta semana já deixaram 11 mortos e 5 mil feridos


CAIRO - Um repórter egípcio, baleado durante a semana, faleceu nesta sexta-feira, 4, segundo um jornal local, convertendo-se no primeiro jornalista a morrer devido aos protestos do Egito desde o início das manifestações, no dia 26 de janeiro.


Ahmad Mohamed Mahmud, de 36 anos, tirava fotos dos confrontos no centro do Cairo da sacada de um apartamento quando foi "baleado por um franco-atirador", informou o jornal al-Ahram. Mahmud trabalhava para o diário al-Taawun.


Segundo o ministro da Saúde do Egito, os protestos contra o governo do país, que entraram no 11º dia nesta sexta, já deixaram 11 mortos e cerca de 5 mil feridos só na na última semana.


"O número de mortos por conta dos incidentes da Praça Tahrir aumentou para 11 depois que três pessoas morreram após serem atendidas. Elas estavam em estado crítico", disse Ahmed Sameh Farid, segundo a agência estatal Mena.


Os egípcios protestam contra o governo de Hosni Mubarak desde o dia 25 de janeiro, mas nos últimos dias as marchas ganharam proporções maiores. Na segunda-feira, um milhão de pessoas se reuniram no centro do Cairo.


Na quarta-feira, houve confrontos violentos entre os manifestantes e partidários do presidente. Paus, pedras e bombas incendiárias foram atiradas de um lado para o outro e havia imagens de pessoas feridas e sangrando nas ruas do centro da capital.


Não ficou claro que o jornalista estava entre os 11 mortos anunciados pelo Ministério da Saúde


 

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