segunda-feira, 1 de novembro de 2010

"Não posso ficar, nem mais um minuto com você..."*

[caption id="attachment_823" align="alignleft" width="274" caption="Modelo de relógio de sol. A primeira marcação de tempo se deu por esse método."][/caption]

Consta que a primeira tentativa de medir e o tempo foi por volta de 3000 a.C, quando egípcios e babilônios usaram um bastão fincado no chão para registrar, pelo sol , a passagem do tempo. Esses povos também foram os primeiros a dividir o dia em 24 horas.


Engrenagem vai, engrenagem vem, lá pelos anos 1600 (isso muito tempo depois de Cristo), na Suiça, hoje conhecida como referência na fabricação de relógios, inicia a produção e venda desses artigos para uso doméstico.




[caption id="attachment_824" align="alignright" width="235" caption="Nesse relógio de bolso, vemos as engrenagens do aparelho; chegou-se a usar tripas e até cerdas de pelo de porco na fabrição."][/caption]

Lembremos que não eram de bolso (1842) e as pulseiras estavam longe (surgem por encomenda, em 1810, para Marie Annonciade Carolina Murat, irmã de Napoleão Bonaparte). O primeiro a ser produzido para venda seria só em 1868 - e exclusivamente feminino). A precisão se restringia às horas - o ponteiro dos minutos foi acrescentado em 1670 e o dos segundos em 1765.


Só em 1904 ocorreu a popularização do relógio de pulso para homens vem com o pedido de Santos Dumont para seu amigo e joalheiro Louis-François Cartier, que projetou um modelo que usava o couro em sua pulseira - até então eram apenas de brilhantes.


Uma série convenções para determinar fatores horários, nomenclaturas e outras burocracias temporais ocorrem juntamente com o desenvolvimento e aprimoramento de relógios de quartzo, césio, rubídio e, nesse ano de 2010, até de hidrogênio - isso tudo para uso primário científico ("relógios atômicos"), cuja precisão é de quase 100% (descontados os efeitos da gravidade sobre o mover dos ponteiros).



Modelo de funcionamento de um relógio atômico

A modernidade e industrialização aceleraram o crescimento da necessidade de medir o tempo. Tudo custa tempo; a vida é uma efervescência que não para. Então, ora bolas, caminhamos quase 5000 mil anos na História relojoeira.Partimos de estacas de madeira fincadas no chão e chegamos aos moderníssimos Rolex nos pulsos dos mais abastados, de qualquer torre de igreja, bancos, shoppings, hospitais, lojas, cinemas, computadores, escritórios, teatros. Ou seja, é possível consultar as horas em qualquer lugar civilizado.


Respondam-me: como, em 2010, alguém ainda pode fazer outra pessoa esperar por mais de uma hora por falta de consultar relógios e sem ao menos se dar ao luxo de usar uma outra invençãozinha muito na moda ultimamente que é o celular? Mas, esse outro aparelho deixo pra outro post...Afinal, tenho que dormir e horários são horários.


* Se não estiver com pressa e quiser consultar minha fonte de pesquisa sobre os relógios, clique aqui. Já se quiser ouvir o samba de Adoniran Barbosa que dá o título, aperte .

Um comentário:

  1. [...] This post was mentioned on Twitter by Diego Moura, Diego Moura. Diego Moura said: No blog: "Não posso ficar, nem mais um minuto com você..."*: http://t.co/djniO6G [...]

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