[caption id="attachment_556" align="alignright" width="178" caption="Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley"]

Coincidentemente, hoje, terminei de ler a obra Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. Um livro excepcional. Em meio a diversas citações de Shakespeare, a história se passa em uma sociedade humana no futuro, em que Deus foi substituído por Ford (do “fordismo”- produção em série). Nesse “novo mundo”, não há doenças, tristezas ou desapontamentos. Por meio de avançadas técnicas científicas, o envelhecimento foi vencido, e a morte é agradabilíssima. Não há famílias (pai e mãe são consideradas palavras obscenas e engraçadas) e o Estado “produz” seres humanos, condicionando-os de acordo com as funções que exercerão no sistema. As castas vão de Alfa-mais, o topo social, a Ýpsilon, a base da pirâmide social. Livros e outras formas de arte não fazem parte do cotidiano social, mas sim, perfumes, músicas “sintéticas”, cinemas sensíveis e uma enorme quantidade de esportes tecnológicos. A base social é a estabilidade e o consumo. Vê-se muito da crítica ao sistema da época em que o livro foi publicado (1930, um ano após a quebra da Bolsa de Nova Iorque), contudo se levarmos em conta inúmeros aspectos tratados nos livros, a atualidade impressiona e faz pensar, principalmente os conceitos da moralidade vigente no meio social. Tudo vai bem, até que alguns acontecimentos ameaçam por em risco a tão cultuada estabilidade (“toda mudança é perigosa”). Será que esse mundo novo é realmente admirável?
A substituição daquilo que é humano, físico pelo sintético seria necessariamente benéfica às pessoas? Será que vale a pena substituir os atores de uma peçapor meras representações geradas por uma máquina? Não se estariaindo longe demais? São boas intenções, dizem. Mas, delas, o inferno está cheio.
Belo texto! Qual será o limite do nosso mundo novo?
ResponderExcluirAcho que aquele negócio de "o céu é o limite" cresceu demais. Agora, "corporações são o limite"; "política corrupta é o limite". Tenho até medo de saber o que virá...
ResponderExcluirO teatro e a vida são feitos por pessoas de verdade. Onde estão essas pessoas?
ResponderExcluiraahh, vc me passou seu blog no jogatina..rsrs eu disse que vinha conferir, gostei!
ResponderExcluirPoxa vida, que bacana! hehehe
ResponderExcluirObrigado pela visita, de verdade! =)
Beijos
Sem livros, sem raciocínio, sem ambição. E todos receberão a sua cota o seu quinhão proporcionado pelo Estado o nosso amigão. E com a exclusão do desejo o povo será feliz
ResponderExcluire oficializamos o nosso "somma" Cachaça com aniz. Mas alguém que não é poeta ainda consegue raciocinar. com esse calor tropical quem vai trabalhar. E nosso Aldous Guarani solícito responde: Todos irão trabalhar um mês por ano. Uai e como ficam as férias? Arrrs.