Entre os meus presentes de Natal está o romance "As vinhas da ira" (vale a pena saber mais), de John Steinbeck. O retrato da "fuga" (leia-se expulsão) de milhões de pessoas de suas terras devido à seca, e principalmente, à chegada das máquinas e das grandes companhias que tomavam as pequenas propriedades, em nome do lucro a qualquer preço por dívidas, se passa nos EUA, dez anos após a crise de 1929. Entretanto, há atualidade nesse triste relato, que facilmente se adequa à realidade de muitos brasileiros.
Estou na metade do livro, e dentre o brilhante e triste relato apresentado, destaco uma frase que me fez refletir sobre o momento atual (o livro foi publicado em 1939):
"Tenha-se medo da hora em que o homem não mais queira sofrer e morrer por um ideal, pois que esta é a qualidade básica da humanidade, é a que a distingue entre tudo no universo". (As vinhas da ira - Pág.188)
Eu fiquei me perguntando: será que é chegada a hora de temer? A geração de agora, da qual eu faço parte, deixou de ter ideais? Será que estamos presos à mesmice e ao total desinteresse pelas mudanças? Não defendo a morte literal, no sentido de perder a vida, mas de defender com afinco e interesse uma ideia pela qual valha a pena viver (e não o contrário).
Trazer mudanças significativas para um grande número de pessoas - sendo duradouro - e não só a individualidade exacerbada. Obviamente, não estou sugerindo ideologias que pregam o fim do capitalismo (comunismo, anarquismo e etc.), seria trocar seis por meia dúzia, mas sim aproveitar os benefícios que o capitalismo oferece e promover mudanças. Qual é o objetivo da minha geração? Será que os livros de História daqui a 60 anos trarão os progressos conseguidos por nós, ou passaremos em branco?
Que tal honrarmos a proposta e a base desse blog, que é a reflexão? Não será hora de reavaliarmos nossa posição social? Pensemos nisso.
Estou na metade do livro, e dentre o brilhante e triste relato apresentado, destaco uma frase que me fez refletir sobre o momento atual (o livro foi publicado em 1939):
"Tenha-se medo da hora em que o homem não mais queira sofrer e morrer por um ideal, pois que esta é a qualidade básica da humanidade, é a que a distingue entre tudo no universo". (As vinhas da ira - Pág.188)
Eu fiquei me perguntando: será que é chegada a hora de temer? A geração de agora, da qual eu faço parte, deixou de ter ideais? Será que estamos presos à mesmice e ao total desinteresse pelas mudanças? Não defendo a morte literal, no sentido de perder a vida, mas de defender com afinco e interesse uma ideia pela qual valha a pena viver (e não o contrário).
Trazer mudanças significativas para um grande número de pessoas - sendo duradouro - e não só a individualidade exacerbada. Obviamente, não estou sugerindo ideologias que pregam o fim do capitalismo (comunismo, anarquismo e etc.), seria trocar seis por meia dúzia, mas sim aproveitar os benefícios que o capitalismo oferece e promover mudanças. Qual é o objetivo da minha geração? Será que os livros de História daqui a 60 anos trarão os progressos conseguidos por nós, ou passaremos em branco?
Que tal honrarmos a proposta e a base desse blog, que é a reflexão? Não será hora de reavaliarmos nossa posição social? Pensemos nisso.
Como dizia a minha professora de história do ensino médio, somos a geração copia e cola. Simplesmente ctrl+c, ctrl+v; Acomodados, diriamos. E confeço acreditar que não honramos as gerações anteriores, as quais morriam por um ideial, por mudanças. E para ter exemplo disso, nem precisamos ir muito longe, nem ir muito ao pretérito: Há 30 anos atrás, muitos jovens da nossa idade, foram torturados e morreram por um ideal, pelo ideal de liberdade de escolha e liberdade do Estado. Realmente não sei qual é o "nosso" problema, talvez seja a liberdade exagerada que temos em fazer e dizer o que quisermos. Talvez se fosse diferente, agiriamos de outra forma... talvez...
ResponderExcluirEstás coberto de razão no argumento. Quanto ao livro foi um dos mais marcantes que li, penso que deveria compor naquela lista de livros obrigatórios.
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