sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Quem disse que Chaves não tem ideologia? (republicação)

Publicado em 04/01/2009

Espero que todos tenham passado uma boa virada de Ano Novo…

O humorístico Chaves, produzido no México há bem mais de 20 anos e que ainda hoje faz sucesso, é talvez o melhor programa de humor já feito até hoje. Agrada a todos os públicos, e está repleto de ideologias.

Para confirmar veja:





 

O cartunista Latuff e as conquistas do IV Reich‏ (republicação)

Publicado em 09/01/2009

A periférica periferia (republicação)

Texto publicado em 01/03/2009


Seguimos de carro. Vidros escuros. Apenas proteção por causa dos raios solares, ou para evitar ver a situação mais a fundo? Passamos por ruas esburacadas (verdadeiras crateras).


O veículo segue devagar, quase parando. Em uma rua sai um homem dirgindo seu carro sem olhar para os lados, apenas olhando para frente. Rapidez = batidas = problemas sabe-se lá com quem. Mais a frente o namorado ensina sua parceira a dirigir sua motocicleta. Domingo, com ruas cheias de carros, onde inclusive passam ônibus e micro-ônibus. As pessoas andam pelo meio da rua, ignorando completamente a existência da calçada. Em locais onde não há calçada, há a reclamação. Entulhos e lixos domésticos espalhados pelas calçadas. Carros que não valem nem dois mil reais, com possantes aparelhos de som de cinco, dez mil de nossos valiosos reais. A multidão paulistana ouve o “funk” carioca. Ou ouve o “black” importado, logicamente sem saber do que se trata a letra. As redes de alta tensão cheias de cadáveres de pipas. O calor é insuportável do lado de fora. O ar-condicionado é ativado.


Homens sem camisa se misturam às mulheres com pequenos pedaços que pano que chamam shorts ou camisetas. Crianças desde já se insinuam com suas mini-roupas. Resultado: mais crianças. As pessoas ficam indiferentes, conversam à beira de suas calçadas, na frente de suas casas. Pensam somente no dia de amanhã. No trabalho de amanhã cedo. No trânsito e no ônibus lotado com seus compatriotas. Acabou o jogo de futebol na Globo. Dois homens com sua bandeira de time saem em uma moto pelas ruas gritando, buzinando e acenando. Todos os bares ligados à TV e ao futebol. As camisas de times se multiplicam. As crianças de fralda brincam sobre o asfalto, atrapalhando a passagem dos carros.


As multidões se dirigem às igrejas, às casas dos senhores. Buscam deuses que abandonaram ou sequer existiram nesse lugar. Locais há muito tempo esquecidos pela Providência Divina (e também pela previdência).


A lua sobe iluminando as casinhas de tijolos nus e expostos. Queria que Kassab, Marta, Alckmin, Serra, Lula e todos os outros políticos vivessem a vida daquelas pessoas.
Seres humanos culpados de sua miséria devido ao seu comodismo, ou pessoas sem escolha?


Nisso tudo, uma pergunta me incomoda: quantos livros há naquela localidade e quantos já foram lidos?


Será que é possível acreditar em melhorias, seja de onde venham?

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Divulgadas fotos nos novos ônibus em São Paulo


Obtivemos com exclusividade fotos dos novos ônibus merecedores da passagem de três reais e do encontro de Gilberto Kassab com o ex-governador José Serra.




[caption id="attachment_992" align="aligncenter" width="463" caption="Interior de novo ônibus de São Paulo: passagem de três reais garante alguns "mimos""][/caption]


 




[caption id="attachment_993" align="aligncenter" width="400" caption="Esse veículo substituirá os chamados ônibus articulados. Lema: mais gente, mais conforto!"][/caption]

[caption id="attachment_994" align="aligncenter" width="400" caption="Serra e Kassab buscando uma solução para o problema"][/caption]

Limousines serão transporte público em SP

O prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, anunciou que a passagem de ônibus para 2011 será de três reais - a mais cara do Brasil.


Esse blog apoia o valor. Na verdade, consideramos muito barato. O conforto que todos os passageiros têm durante as viagens é inigualável. Rápidas, limpas e seguras, as limousines já circulam pelos corredores cuja velocidade média é de 12 km/s. Uma verdadeira barganha por esse preço. Cada veículo é para poucas pessoas, que viajam todas sentadas.


Quem é morador dessa Finlândia chamada São Paulo e usa o transporte público sabe do que falo.


Parabéns, nobilíssimo, amado e idolatrado Kassab. Só cuidado para as águas fétidas não levarem nas enchentes nossas limousines (e também vossa popularidade...)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Happy Xmas (War is over), John Lennon

Uma das clássicas músicas natalinas.





O g1 mata Geraldo Alckmin

Depois de a Folha ter matado Tuma, o Portal g1, da Globo, matou Geraldo Alckmin.

"Alckmin deixa a mulher, Alaíde, e cinco filhos"

Vai viajar?

Vai viajar agora no final do ano e durante janeiro? Envie fotos e relatos sobre a situação no aeroporto, rodoviária e/ou estrada. (p/ disimo_15@hotmail.com)

Mensagem de fim de ano

Enfim chegamos a mais um final de ano. Espaço dedicado sempre aos balanços, àquilo que fizemos e deixamos de fazer, aos projetos vindouros, às tais promessas (na maioria não cumpridas) etc.


Porém seria apenas "mais um" ano que acaba? Categoricamente, a resposta é um sonoro não! O primeiro ano de Universidade e, automaticamente, o desligamento do colégio no qual estudei desde a primeira série do ensino fundamental até o terceiro ano do médio.  E, é claro, diminuindo drasticamente o contato com os amigos que fiz por lá - mas o interessante é: ao longo de 2010, cada contato feito, cada encontro com essas pessoas tão especiais pertencentes a um dos períodos mais significativos foi único. Provamos que a verdadeira amizade não morre (não é mesmo, terceirão e agregados?). Não posso deixar de falar também na maravilhosa viagem a bordo do Soberano e dos amigos e amigas que lá conheci.


Há um ano me preparava para a segunda fase da FUVEST e aguardava os resultados da Cásper Líbero e do Mackenzie. Dadas as cartas do destino (ou seja lá o que for) fui parar no curso de Jornalismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Feita a matrícula ainda continuava assustado com o tamanho daquele lugar - e confesso que até há pouco tempo, no final do primeiro semestre, ainda me perdia por lá. O primeiro dia foi do Trote Solidário que pra mim parecia mais trote "solitário", pois aquele sentimento de completamente novo me abarcou completamente: não conhecer ninguém ainda (alguns gatos(as) pingados já tinha conversado pela internet, mas só). Não imaginava conhecer tantas pessoas bacanas como encontrei por lá: a turma D.


Não vou ficar citando nomes para evitar esquecer alguém, mas posso dizer: foi um prazer conhecer 98% de todos vocês (nesses 2% isolados estão, também, um ou outro professor cujas disciplinas não vou citar...). Esses dois semestres serviram para mostrar como agem as pessoas e formar as impressões que carregaremos pelos 3 anos restantes do curso. Com quem é ou não possível fazer trabalhos, contar com a responsabilidade, ética e ombridade etc. Além dos Mackenzistas "D" oficiais, os inúmeros amigos da turma J, os conterrâneos da universidade (Publicidade, Letras, Direito), amigos e amigas só de passagem - que fizeram uma ou algumas disciplinas só conosco. Aos mestres maravilhosos que encontramos e aos muitos conhecimentos já acumulados nesse curto período de tempo.


Só tenho agradecimentos a fazer a todos. Poucos conflitos e muita integração nos momentos necessários. E aguardem: um grupo muito especial está prestes a dar voo a um projeto magnífico do qual excelentes frutos virão!


Um ótimo Natal e excelente passagem de ano a todos. E 2011 promete. Muito.


Abraços e beijos!


Diego

Natal: os tempos mudaram

Sugestão do grande amigo @LuizLusitano. Nas palavras dele:

Um vídeo da história do Natal pelas redes sociais. Foi produzido pela Excentric, uma famosa empresa de publicidade de Portugal. Sensacional!





quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

"Caos aéreo" em compra online

Não é por conta da neve. Pode ser por falta de infraestrutura. Aeroportos? Não. Serviço de entrega das Lojas Americanas. A comparação, talvez exagerada, reflete a indignação da qual sou vítima. Um produto pedido em 13 de dezembro, e cujo prazo de entrega era de 3 dias úteis, até agora se encontra na transportadora. O valor pago não tardou a ser autorizado e embolsado, já a encomenda...


Fiz duas reclamações por telefone - aproximadamente 16 minutos em cada para ser atendido além do aviso dado no início: "Prezado cliente, em razão de problema operacional, seu pedido poderá sofrer atraso na entrega (...)". Consegui ser atendido apenas no número de televendas, que assim como o de SAC, deu sinal de ocupado inúmeras vezes.




[caption id="attachment_959" align="alignright" width="989" caption="A discrepância entre a rapidez para embolsar o dinheiro e realizar a entrega. "][/caption]

As atendentes dizem não saber do motivo do atraso e que as Americanas estão trabalhando para apurar e resolver o problema (meu palpite é: muitos pedidos e pouca competência para arcar com a leva de encomendas - uma espécie de overbook de compras online. Enquanto isso, a gente ri ou chora? A decisão fica a cargo das suas inclinações emotivas e filosóficas sobre a época natalina e a "bondade no coração". Um feliz Natal às Americanas.com e a você, trouxa, que comprou lá.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Dilúvio da noite passada

Depois da tempestade que atingiu São Paulo, os estragos foram enormes. Próximo à minha casa 2 muros não suportaram o peso da chuva e desabaram. Apesar dos danos, ninguém ficou ferido. Por conta de um desses desabamentos, uma das ruas está um verdadeiro lamaçal devido à terra que rolou do subsolo da construção.




[caption id="attachment_955" align="alignright" width="640" caption="Agora não adianta chorar pelo muro derramado"][/caption]

[caption id="attachment_954" align="alignright" width="640" caption="Rua Professor Orlando Alvarenga Gáudio"][/caption]

[caption id="attachment_952" align="alignright" width="640" caption="Rua Francisco da Cruz Melão"][/caption]

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010

Dois anos de Blog

* Muitos me perguntaram o porquê de "Disimo" - DIego da SIlva MOura. Sacaram? ;)


Há dois anos eu pensava em começar um blog. A ideia não era fazer um espaço para ser mais um entre milhões. O que poderia torná-lo único? Respondi imediatamente: pessoas! Nós temos essa capacidade de tornar tudo o que tocamos, fazemos, criamos, participamos, produtos únicos. Ao longo desse tempo, sempre busquei contato com quem lia o blog; saber a opinião e o que pensavam as pessoas que se aventuravam a ler meus escritos.


Escolhi o endereço como "Pensamentos 2010" por ser a data de início da faculdade. É sempre bom depois de anos de esforço no colégio e o término, recomeçar estudando apenas aquilo que se gosta e conhecendo pessoas que mudariam minha vida, para melhor (mas, o Mackenzie e o povo de lá, merecem um capítulo especial, próximo da virada do ano).


Desde o início, também, convidei inúmeros amigos a escrever no blog. Infelizmente, até hoje espero pelos textos prometidos. Instiguei os leitores para mandarem  escritos para publicar. Os leitores optaram por ler e comentar. E, desde então, sigo escrevendo, no aguardo de uma viv'alma que mande algum texto, foto. E muitas, mas muitas sugestões, coisa que recebi fortemente nesses dois anos.


Apesar das dificuldades, períodos sem postar, desânimo e, sim, preguiça, o Blog do Disimo (e de todos os leitores e leitoras) seguiu em frente e chega a quase 15 mil visitas ao final de 2010. Gente do Brasil e do mundo teve acesso a esse espaço. Houve indicações e citações em outros espaços. Tudo isso, passo a passo, fazendo do blog cada vez mais forte.


Só tenho agradecimentos a fazer. A todos que leram, concordando ou não. Especialmente para os amigos Mackenzistas que mudaram minha vida.


Obrigado.


Disimo

sábado, 18 de dezembro de 2010

Drácula: humano, demasiado humano

Atenção: contém spoilers


Há algum tempo li Drácula, de Bram Stoker. Livro impressionante: história bem narrada - um envolvimento fantástico com o enredo, personagens bem amarrados. Um tanto quanto dramático, porém extremamente assustador. O autor se baseia em um personagem principal (o conde Drácula) e demoniza-o. Constrói um monstro, um ser sugador de sangue humano que é incapaz de amar, afinal de contas, deixou de ser humano.




[caption id="attachment_938" align="alignright" width="300" caption="O ator Bela Lugosi, na mais clássica adaptação de Drácula para o cinema, de 1931."][/caption]


O final do livro conta com o grupo heróico que toma por missão destruir a criatura triunfando, apesar de todos os percalços. A história termina de forma aberta, com o monstro virando pó. Essa forma de encerramento suscita dúvidas com relação à eliminação do vilão: será que ele morreu por completo?


Contando com essa dúvida, surgem diversas histórias de continuidade - livros e filmes. O sobrinho-neto do autor de Drácula, Dacre Stoker, conjuntamente com Ian Holt, escreve Drácula: o morto vivo - A sequência do clássico de Bram Stoker. A aposta inicial não é no conteúdo da continuação, mas sim no sobrenome Stoker e no apreço pelo livro inicial.


A obra relata como segue a vida do grupo que supostamente eliminou Drácula. Ao contrário do livro de Bram, não há nada de romance: a história é um mata-mata generalizado e cruel (no final, não sobra um daqueles que lutaram contra Drácula, pois todos têm uma morte dolorosa). O enredo se mostra confuso em sua narrativa. São planos em demasia, em um "vem e vai" desnecessário.


Além das desgraças com as personagens, o livro apela para a sexualidade, descrevendo em detalhes atos sexuais e orgias, tudo banhado a sangue fresco. Mais púdico, Bram Stoker, apenas menciona, nas entrelinhas, as "relações íntimas" que Drácula tem com Mina Harker (a protagonista).


Mas, a pior parte é a extrema humanização dada ao "príncipe das trevas". Com a inserção de uma vampira mais malévola do que Drácula (que não morreu, afinal), condessa Elizabeth Bathory, os autores insistem em humanizar o conde. Ele passa a ser a vítima, pois segundo o livro, estava caçando Bathory quando se inicia a perseguição do livro de Bram Stoker. A lógica da história original é subvertida.




[caption id="attachment_937" align="alignright" width="300" caption="Príncipe Vlad III, conhecido como o empalador e a condessa Elizabeth Bathory, que gostava de orgias regadas a muito sangue"][/caption]


Apesar desses fatos, é ressaltado um lado histórico que não aparece no Drácula inicial. No decorrer da obra e no pósfacio, são mostrados os personagens históricos Príncipe Vlad (Drácula) e Elizabeth Bathory: ambos existiram e entraram para a História por sua crueldade e sede de sangue. O caso de Jack, o estripador, conhecido assassino em Londres, que matou prostitutas e as esquartejou, é colocado como uma das peças-chave do enredo.


Com uma leitura não fluida e alguns momentos de adrenalina, a continuação de Drácula não convence. São 413 páginas de muito esforço para concluir a leitura. No Submarino, você compra por R$ 9,90. Vale à pena guardar os trocados para comprar entradas de cinema ou teatro.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Apertem os cintos, o governo (?) sumiu

Conversando com meu amigo Luiz Lusitano, ele não deixa de considerar a possibilidade de gente que se atira nos trilhos. Cita um fiscal: "Acontece com mais frequencia do que nós imaginamos, mas eles não podem noticiar, sempre falam que é falha."


Vale a pena considerar. Pois se é isso mesmo, a situação é muito mais grave do que imaginamos.


Do UOL Notícias



Após mais de duas horas, estações da linha azul do metrô de SP voltam a funcionar


Após mais de duas horas, as três estações da linha 1-azul do metrô de São Paulo que estavam fechadas desde as 6h40 desta quinta-feira voltaram a funcionar às 9h. Ficaram fechadas as estações Jabaquara, Conceição e São Judas.


Veja imagens dos transtornos no metrô
Passageiros relatam situações nas estações
Leitores relatam problemas no metrô de SP
Falha na linha azul gera lentidão nas linhas verde e vermelha do Metrô


A paralisação foi causada por uma falha em equipamento da via. O problema aconteceu próximo à estação São Judas e os trens circulam apenas entre Tucuruvi e Saúde, de acordo com o Metrô.


Para atender à demanda no trecho das estações fechadas, o Metrô acionou o Paese (um plano de auxílio em situação de emergência). Também foi solicitado o remanejamento das linhas de ônibus integradas a estas estações.


A falha gerou lentidão também para quem usa apenas as linhas 2-verde ou 3-vermelha. De acordo com o Metrô, havia maior tempo entre os trens e paradas mais longas nas estações, principalmente com a aproximação da estação Sé --que liga a linha vermelha com a linha azul-- e das estações Paraíso e Ana Rosa --que ligam a linha verde à linha azul.


RELATOS


Usuários relataram problemas por conta do fechamento das estações. "O principal problema é a enorme quantidade de passageiros que vem de outras regiões com o Trolebus, como Diadema, ABC e desce no Jabaquara. Duas pistas da avenida Engenheiro Armando Arruda Pereira sentido centro, ficaram bloqueadas devido a quantidade de pessoas no ponto de ônibus", conta o usuário Ramon Anisio.


Já Iris Legramante relata que os passageiros caminhavam até a estação Saúde do Metrô para embarcar. "Uma aglomeração se encontra próximo às catracas e à entrada do metrô. Trens estão sendo recolhidos e ônibus estão lotados", diz.


Quem usa outras linhas do Metrô, também teve problemas. "Cheguei à estação Alto do Ipiranga por volta das 7h20. Percebi que algo havia de errado pelo número excessivo de usuários, muito maior do que a quantidade em dias normais", conta Fábio Nicodemos dos Santos.

Perfil de Dilma foi notícia mais lida...

Da BBC Brasil



Perfil de Dilma foi notícia mais lida do ano em site de jornal britânico


Um perfil de Dilma Rousseff publicado antes do primeiro turno das eleições presidenciais brasileiras foi a notícia mais lida do ano no site do jornal britânico The Independent, segundo uma lista publicada nesta quinta-feira pelo próprio site.


A reportagem, publicada no dia 26 de setembro, previa a eleição de Dilma já no primeiro turno, uma semana depois, e dizia que ela se transformaria com isso na “mulher mais poderosa do mundo”.


“A mulher mais poderosa do mundo vai começar a despontar no próximo fim de semana”, iniciava o texto, intitulado “Ex-guerrilheira Dilma Rousseff pronta para ser a mulher mais poderosa do mundo”.


Apesar do favoritismo indicado pelas pesquisas de opinião uma semana antes da eleição, Dilma acabou não tendo votos suficientes para vencer a disputa no primeiro turno e foi obrigada a disputar o segundo turno com o ex-governador de São Paulo José Serra.


'Forte e poderosa'


A reportagem do Independent, porém, dava sua vitória já no dia 3 de outubro como quase certa. “Forte e poderosa aos 63 anos, esta ex-líder da resistência a uma ditadura militar apoiada pelo Ocidente (que a torturou) está se preparando para tomar seu lugar como presidente do Brasil”, dizia o texto.


“Como chefe de Estado, a presidente Dilma Rousseff deixaria para trás Angela Merkel, a chanceler (premiê) da Alemanha, e Hillary Clinton, a secretária de Estado dos Estados Unidos: seu enorme país de 200 milhões de habitantes está se esbaldando em sua nova riqueza petrolífera. A taxa de crescimento do Brasil, que rivaliza com a da China, é uma que a Europa e Washington podem apenas invejar”, afirmava a reportagem.


No início de novembro, já depois do segundo turno vencido por Dilma, a presidente eleita foi classificada pela revista americana Forbes como a 16ª pessoa mais poderosa do mundo.


A lista da Forbes traz duas mulheres à frente de Dilma – Merkel, na 6ª posição, e a líder do partido majoritário indiano, Sonia Gandhi, na 9ª. Hillary Clinton era listada como a 20ª pessoa mais poderosa do mundo.


A relação das notícias mais lidas no ano no site do Independent coloca o perfil da futura presidente do Brasil à frente de notícias como a publicação da autobiografia do escritor Mark Twain um século após sua morte (2ª mais lida) e sobre uma pesquisa que poderia levar à cura do resfriado comum (3ª).

Julian Assange é libertado

Da BBC Brasil



Justiça britânica rejeita recurso e concede liberdade sob fiança a Assange


A Justiça britânica confirmou nesta quinta-feira a concessão de liberdade sob fiança ao fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange, que está detido em Londres desde a semana passada, acusado de supostos crimes sexuais na Suécia.


Um recurso apresentado na última terça-feira contra a libertação do ativista foi negado pela Corte.


Ao contrário do que foi divulgado anteriormente, a Procuradoria sueca disse nesta quinta-feira não ser responsável pelo recurso contra a libertação e que a questão "era puramente uma decisão britânica".


Em entrevista coletiva, Mark Stephens, advogado de Assange, disse que não sabe quem apresentou o recurso. "Nos disseram que tinham sido os suecos, mas eles negaram. A promotoria (britânica) também negou. Precisamos nos perguntar quem foi, talvez essa pergunta seja respondida nos próximos dias."


O dinheiro da fiança estabelecida previamente – 240 mil libras (cerca de R$ 640 mil) – já havia sido obtido com apoiadores do fundador do WikiLeaks, de acordo com Stephens.


Sob as condições da fiança que haviam sido estabelecidas previamente, Assange deve ser monitorado eletronicamente. Ele ficará abrigado em uma casa de campo no leste da Inglaterra, que pertence a um de seus apoiadores, e terá de reportar-se à polícia diariamente.


O site de Assange recentemente despertou a ira dos Estados Unidos ao divulgar cerca de 250 mil telegramas diplomáticos do país.


Acusações


Os supostos crimes teriam sido cometidos na Suécia. Assange nega as acusações e alega que elas têm motivação política.


Na terça-feira, a advogada Gemma Lindfield, atuando em nome da polícia sueca, disse que uma das supostas vítimas acusa Assange de tê-la forçado a fazer sexo com ele sem camisinha.


A mesma mulher acusa Assange de, alguns dias após o incidente, tê-la molestado de forma a "violar sua integridade sexual".


Uma segunda mulher acusa Assange de ter feito sexo com ela, também sem preservativo, enquanto ela dormia, em Estocolmo. Na Suécia, este tipo de crime pode levar a condenações de até seis anos de prisão.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Isso sim é História do Jornalismo

Do Balaio do Kotscho. Pedaço importante da história do Jornalismo.



“Realidade”: os 20 meses que revolucionaram a imprensa


Durou pouco, mas "Realidade" (1966-1976) marcou para sempre o jornalismo brasileiro. Na verdade, a grande revolução promovida pela revista na imprensa escrita, em plena ditadura militar, durou apenas 20 meses, de abril de 1966 ao final de 1968, quando o Brasil entrou nas profundezas do Ato Institucional Nº 5, e acabaram-se as liberdades todas.


Até hoje, porém, “Realidade” continua “cult”, tema de incontáveis teses acadêmicas e da curiosidade dos estudantes que querem saber como o Brasil foi capaz de produzir numa determinada época esta revista que parecia de outro mundo.


Como “Realidade” era uma publicação libertária em todos os sentidos, a revista foi morrendo aos poucos, depois da diáspora de dezembro de 1968, quando saiu toda a equipe que a criou. Meu grande sonho na época era trabalhar lá, mas não deu tempo.


Alguns ainda voltariam depois, em 1969, como José Hamilton Ribeiro, até hoje em atividade como repórter do “Globo Rural”, e José Carlos Marão, outra estrela da companhia, colaborador do “Observatório da Imprensa”, mas o sonho já tinha acabado. Os dois são os autores de “Realidade Re-Vista” (Realejo Editora), um livro belíssimo, com lançamento marcado para o próximo dia 20, em São Paulo.


Como sou amigo deles, e não estarei no Brasil neste dia, tive o privilégio de receber os originais ontem à tarde, um catatau de 432 páginas, que a gente não consegue parar de ler. Claro que ainda não li tudo, mas me deu vontade de escrever logo, antes que eu me esqueça de dizer alguma coisa sobre o encantamento que me proporcionou esta obra-prima.


Para quem gosta de reportagem como eu, é como oferecer salsicha pra cachorro. Nem sei por onde começar, então vamos começar do começo mesmo, com um trecho da carta do editor, José Luiz Tahan, outra grande figura, de quem fiquei amigo no lançamento de um dos meus livros em Santos, onde ele tem duas livrarias e promove a “Tarrafa Literária”.


Melhor é deixar o próprio Zé Luiz contar como nasceu este livro, num encontro em 2008. “Quando tomávamos um cafezinho no centro histórico, o Zé (Hamilton Ribeiro) lançou uma pergunta que virou um desafio pela entonação. Ele falou assim:


_  Zé Luiz, você encara editar um livro? Eu tenho uma ideia, mas dependo de um grande amigo, o Marão, mas não sei, não. Você vai ter que me ajudar a convencê-lo, ele tem que escrever comigo, temos que ir ao encontro dele.


Assim surgiu o “Projeto dos Três Zés”, ao qual se incorporou Lígia Martins de Almeida, mulher de Marão, responsável pela pesquisa e edição do livro, que conta também com um making off das reportagens. Políticos, lugares, milagres, mulheres, pereconceitos, jovens, costumes, medicina, gente em geral, guerras _ tudo era pauta para “Realidade”.


As reportagens transcritas no livro são quase todas da dupla Zé Hamilton e Marão (parece nome de dupla sertaneja…), trazendo alguns “artistas convidados”, todos já falecidos, com um texto de cada um: Narciso Kalili, Sergio de Souza, Eurico Andrade e Paulo Patarra.


“As celebridades _ que garantem as vendas das revistas semanais _ nunca foram um prato predileto” da revista, escreve Lígia na abertura do Capítulo 9 – “Gente simples, gente boa, gente brasileira” _ que, para mim, é o filé do livro.


No texto de apresentação _ ”Por que falar de Realidade?” _, José Carlos Marão, que se aposentou e hoje vive na bela e tranquila Águas de São Pedro, no interior paulista, conta que muitos dos estudantes que procuram os jornalistas sobreviventes daquele dream team, como eles mesmos se qualificavam, “não se dão conta de que muito do comportamento atual _ como a liberdade para namorar ou ficar, o desprezo pelo tabu da virgindade, a igualdade dos direitos da mulher, a possibilidade de casar, descasar, casar de novo _ começou a despontar como mudança de comportamento no período 1966-1968″.


Marão procura mostrar este lado da história porque “os trabalhos universitários estão muito concentrados em uma eventual postura de resistência da revista ao regime de exceção”. Ele explica: “A criatividade na pauta e na finalização mostrava uma revista contestadora e irreverente, mas que nunca foi para o confronto (…).


Marão cita um dos melhores trabalhos acadêmicos, a tese de mestrado de Adalberto Leister Filho, que chama “Realidade” de uma “revista de autores, em contraposição às fórmulas pasteurizadas que viriam a seguir nas revistas semanais”.


Com tanto que já foi publicado em artigos, livros e teses de doutorado, Marão se pergunta: por que voltar ao assunto?”. E responde: “É simples: ainda falta mostrar a influência da revista na mudança dos costumes no Brasil, a mudança na maneira de fazer jornalismo, como tratava cada tipo de assunto e o estilo individual de seus repórteres-autores”.


Os bastidores, as receitas e os segredos desta história estão contados no texto “Vida Paixão e Morte de Nossa Senhora de Realidade”, que eu gostaria de reproduzir inteiro aqui, mas é coisa de livro mesmo, não cabe num blog. Mestre dos perfis publicados na revista, ninguém melhor do que Marão para escrever esta reportagem com o perfil de “Realidade”.


Só para dar uma palha, a parte que mais me chamou a atenção, e que eu não conhecia, mas recomendo aos jovens jornalistas, é aquela em que ele fala da relação dos repórteres com os leitores: ” Paravam em todas as bancas (…) Sorridentes, os jovens jornalistas da equipe de “Realidade” acompanhavam a venda de revistas (…) Conversavam com os leitores, “sentiam” o leitor, sem a frieza das pesquisas.


_ Por que o senhor comprou esta revista?


_ É boa esta revista? O que tem de bom aí?”


Sem querer colocar um disco de bolero na vitrola, mas podemos imaginar hoje em dia um jornalista indo às bancas para saber o que o leitor pensa do seu trabalho? Alguém está preocupado com isso?


Os dois autores são caipiras paulistas: Zé Hamilton, de Santa Rosa do Viterbo, e Marão, de Ourinhos. E têm a mesma origem profissional:  trabalharam juntos na “Folha de S. Paulo” antes de chegar à “Realidade”.


Na abertura do livro, coube a Zé Hamilton fazer um retrato da época em que a revista foi lançada: abril de 1966. O país só tinha duas revistas semanais de circulação nacional _ “O Cruzeiro” e “Manchete” _ um número muito maior de jornais diários do que hoje  e uma televisão ainda incipiente.


“Chegou a revista que faltava”, era o mote da campanha de lançamento. Era ano de Copa do Mundo e a primeira capa foi um Pelé sorridente ornado com o chapéu de guarda da rainha da Inglaterra. O Brasil dançaria na Copa, mas a capa fez o maior sucesso, servindo para mostrar que “Realidade” era realmente uma publicação diferente de tudo o que se conhecia até então na imprensa brasileira.


“Nesse mês de abril, a Revolução (ou golpe de 64) completava 2 anos”, registrou o repórter. Já havia muitos descontentes, até entre os que haviam apoiado o golpe, como o ex-governador paulista Ademar de Barros, que falou à “manchete”:


“O segundo aniversário da Revolução não será data festiva. Será dia de lamentações. Lamentações no seio da família democrática brasileira. Lamentações no cemitário das liberdades extintas”.


Pouco tempo depois, Ademar seria cassado junto com Jango, Juscelino, Jânio, Brizola, Carlos Lacerda… Naquela época, não se ouvia tantos valentes defendendo a liberdade de imprensa, que ainda havia, até ser extinta por decreto no dia 13 de dezembro de 1968, quando se deu o golpe dentro do golpe, e acabou o sonho da “Realidade”.


É muito bom o livro relembrar o que aconteceu naquele tempo para mostrar o papel de cada um nesta história _ para que ela não se repita. Em sua última fase, quando a Editora Abril reduziu o tamanho da revista e tentou imitar o formato e o conteúdo da “Seleções” do Readers Digest, “Realidade” já era um fantasma de si mesma, sendo enterrada oficialmente no mês de março de 1976. Não eram bons tempos, aqueles.


Vale a pena percorrer este livro até a última página, onde se fala sobre os septuagenários revolucionários e da sua amizade de mais de 50 anos, fechando com uma foto atual, que resume a dignidade de duas vidas dedicadas ao jornalismo.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

E aqui vai a pergunta de 1 milhão de reais

[Futuros] Jornalistas: é possível mudar o mundo?

Dica da Monique Buzatto, do Papo de Menina:


11th dezembro 2010


written by Paulo Nogueira

Que o Brasil precisa de um Wikileaks é fato.

O Wikileaks é um avanço jornalístico. Seu único alvo é, genuinamente, o interesse público. Por ser uma organização sem fins lucrativos, tocada por voluntários idealistas, não sofre as pressões típicas de grandes empresas jornalísticas.

Fazer reportagens críticas sobre grandes anunciantes ou credores é sempre complexo no mundo real das redações.

A Folha de S. Paulo fez do bordão “sem rabo preso” um instrumento de publicidade. Mas veja os arquivos da Folha e tente achar artigos duros sobre anunciantes ou credores. Os jornalistas da Folha, em seu código interno, chamam de “Operação Portugal” as reportagens mais delicadas. Nos tempos em que Octavio Frias de Oliveira estava vivo, ele pautava e lia pessoalmente os textos em que anunciantes ou credores da Folha eram o tema.

Quem me informou sobre o curioso apelido das matérias melindrosas foi o autor de muitas delas, o jornalista Nelson Blecher. Blecher trabalhava na Folha quando o convidei para ir para a Exame, nos anos 90, no momento em que eu era diretor de redação. (Alguns anos depois eu perceberia que era o maior erro de contratação que cometeria na carreira.) Não era à toa que Blecher costumava ser escalado para muitas das Operações Portugal. É que ele tinha e tem espinha dobrável: faz o que o chefe ou o patrão mandar, sem maiores discussões. Para usar a palavra com que o jornalista Evandro Carlos de Andrade pateticamente se autodefiniu para convencer o empresário Roberto Marinho a contratá-lo para dirigir o Globo, é um “papista”. O papa falou, a conversa está encerrada.

Papa é o superior.

O papismo domina, em variados graus, o jornalismo internacional e brasileiro. Fazer carreira sem ser papista é complicado. Meu pai, Emir Nogueira, por exemplo, não era. Pagou um preço alto. Uma vez, nos anos 60, quando era editorialista da Folha, Frias pediu a papai que escrevesse um editorial no qual dissesse que não havia presos políticos, apenas presos comuns. Havia, na época, uma greve de fome entre os presos políticos. Papai recusou a ordem. Foi congelado na Folha. Quando eu estava iniciando a carreira, ele me contou esta e outras histórias, não para se gabar mas para me educar. “Seu pai seria presidente do jornal se fosse diferente”, ouvi no começo da década de 1980 de um grande jornalista da Abril que trabalhara sob papai na Folha.

Se fosse papista, ele queria dizer.

Quando me comparo a meu pai, vejo o quanto sou pior que ele exatamente na questão do papismo. Não que tenha uma espinha à Blecher, o anti-Wikileaks por excelência. Mas sempre tive clareza em que na vida corporativa os interesses e os princípios das empresas se sobrepõem aos dos indivíduos. Que queria acontecido se eu estivesse no lugar de papai quando veio a ordem de escrever um editorial que negava a existência de presos políticos?

Não tenho que dizer que me fiz esta pergunta muitas vezes em minha carreira. Gostaria de dizer, convicto, que recusaria como meu pai. Mas imagino que taparia o nariz e escreveria. Arrumaria alguma justificativa que não me fizesse me sentir um miserável, provavelmente. Foi, presumo, o que fez o jornalista que afinal escreveu o editorial, Claudio Abramo, um dos maiores talentos de sua geração. Se me conheço, agiria como Claudio e não como meu pai.

O papismo é típico das organizações convencionais – e não apenas jornalísticas. Sem ele, pode-se argumentar, uma empresa não funciona. Mesmo em corporações de vanguarda como o Google a essência hierárquica é papista.

Não é à toa que o Wikileaks surgiu fora do ambiente corporativo tradicional. Seus fundadores e colaboradores não estavam comprometidos com carreiras tal como as conhecemos. Não tinham sido inoculados com o vírus do papismo. Não se moviam a bônus e benefícios, como todos nós. Tinham um desejo quixotesco de mudar o mundo. Torná-lo não necessariamente mais transparente, mas mais justo. Viam nos governos de potências e nas grandes empresas um mal a combater – com vazamentos que os embaraçassem e enfraquecessem. Tinham uma liberdade de movimento que se transferiu integralmente à própria organização.

O mesmo fatalmente acontecerá no Brasil.

Não dá para imaginar os jornalistas brasileiros que estão hoje nas redações fundando um site nos moldes do Wikileaks. Você pode fazer história, como Julian Assange. Mas não vai ter bônus e talvez sequer um salário regular.

É um território para puristas, idealistas, voluntários. Gente que, como Assange, chega aos 40 sem ter uma casa.

O sucesso extraordinário do Wikileaks no mundo vai animar brasileiros a replicá-lo no Brasil em busca de um país melhor.

Nós, típicos jornalistas, somos demasiadamente cínicos, vaidosos e gananciosos para abdicar do conforto de carreiras sólidas para mudar o mundo.

Mudar o mundo, para nós, é uma piada, utilizada para caracterizar focas sonhadores.

Para pessoas com o perfil do Wikileaks, é uma missão.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Wikileaks: Brasil vulnerável ao terrorismo

Traduzido, adaptado e resumido da notícia do The Washington Post sobre mais um telegrama da diplomacia americana envolvendo o Brasil.


"A queda de um avião roubado próxima da cidade Brasília em 2009 expôs a vulnerabilidade do Brasil a atos terroristas, disse um telegrama diplomático revelado pelo WikiLeaks no domingo.


No dia 12 de março de 2009, um homem sequestrou sua filha de 5 anos, roubou um avião de pequeno porte e voou por cerca de duas horas ao redor da cidade de Goiânia antes de cair em um estacionamento de um shopping. Os dois morreram. O evento "destacou a vulnerabilidade para potenciais ações terroristas", escreveu o então embaixador Clifford Sobel."


--


A matéria ainda destaca que o procedimento para abater a aeronave foi considerado e as decisões legais foram iniciadas, porém as autoridades não foram rápidas o suficiente: enquanto o caso passava pela rede de comando, o avião caiu. Isso ilustraria, segundo o emabaixador, a vulnerabilidade a qual o país estaria exposto no caso de ataques terroristas - pela ineficiência de tomar uma decisão rápida.


O documento ainda cita o caso em 2004 que foi autorizado o abate de uma aeronave que contrabandeava drogas, no espaço aéreo amazônico.


Para ler o texto completo (em inglês), clique aqui.


 

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Música final do filme Presságio

Belíssima música. Tema final do filme "Presságio" (2009, com Nicolas Cage, trailer aqui)





Retornando à normalidade

Faltando apenas a divulgação de umas poucas notas e com todos os trabalhos entregues, nobres damas e cavalheiros, leitoras e leitoras, aviso que esse blog volta à normalidade hoje. Agora, de férias, terei tempo para me dedicar a esse e outros projetos, aina mais desafiadores! Aguardem, pois mudanças, para melhor, brevemente virão!


Grande abraço


Disimo

sábado, 27 de novembro de 2010

Pequena pausa

Em virtude das provas finais, trabalhos de arrancar o couro, declaro paralisadas as atividades do blog por tempo indeterminado. Postarei se, e somente se, surgir algo muito bacana ou forte nesse meio tempo. As atividades normais serão retomadas a partir da metade de dezembro.


Me dói parar de postar, porque muito mais gente está lendo o que eu venho escrevendo. A audiência só cresce e eu agradeço de novo.


Beijos e abraços


Disimo

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Licença para matar?

Esperemos que os abusos cometidos pelos agentes da lei sejam apurados.


"Rio Sob Ataque" é a 'vinheta' de cobertura da Folha. Hoje, mais cedo, no Bom Dia Brasil, o comentarista Alexandre Garcia não deixou de louvar a atitude dos "heróis de preto" do BOPE, clamando por coronel Nascimento. A opinião pública vem respaldando as atitudes das polícias, mas vamos com calma. Será que todos os que morreram estavam em confronto realmente?



Forças Armadas reforçarão segurança no Rio, que tem 39 mortes em 6 dias de ataques


O Rio de Janeiro já soma 39 mortos em seis dias de ataques criminosos na cidade e início das operações militares. Nesse período, 89 veículos foram incendiados.
Para hoje, a expectativa é de chegada de reforço na segurança com o apoio das Forças Armadas.


O ministro da Defesa, Nelson Jobim, assinou na noite desta quinta-feira uma autorização que determina às Forças Armadas o reforço do apoio ao governo do Rio nas operações de combate à onda de ataques que ocorre no Estado desde o domingo (21).


A ajuda foi solicitada pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) e autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Serão enviados 800 homens do Exército, para garantir a proteção dos perímetros das áreas que forem ocupadas pela polícia. Também serão enviados dois helicópteros da Força Aérea e dez veículos blindados de transporte. Também serão fornecidos, temporariamente, equipamentos de comunicação entre aeronaves e tropas em solo e óculos para visão noturna.


BALANÇO


Nas primeiras horas deste sexto dia de ataques, quatro carros foram incendiados. Um dos casos ocorreu na esquina das ruas Farme de Amoedo e Alberto de Campos, em Ipanema, bairro nobre da zona sul, onde bandidos queimaram um Fiat Punto. Policiais militares do 23º Batalhão prenderam dois suspeitos menores de idade que tentavam fugir para o Morro do Cantagalo.


O segundo incêndio desta madrugada aconteceu na rua Iguaperiba, em Brás de Pina (zona norte). Segundo a PM, dois homens fizeram o ataque ao automóvel e conseguiram fugir em seguida.


Por volta da 1h, uma Kombi foi encontrada em chamas em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.


Por volta das 5h, um ônibus da Viação Caprichosa foi incendiado na Presidente Dutra, na pista sentido São Paulo, no km 164, próximo ao Jardim América. Os bombeiros foram para o local controlar o fogo. Em nenhum dos casos há informação de feridos.


Na quinta-feira (25), um total de 42 veículos foi incendiado no Rio de Janeiro. Só no final da noite, foram sete --seis na Região Metropolitana e outro na Região dos Lagos, no interior do Estado. O último caso foi de um autómóvel queimado na avendia Brasil em frente à favela Kelson's, na Penha (zona norte), às 23h45.


Por volta das 23h, um ônibus foi queimado na Avenida Pedro Lessa, na Vila Leopoldina, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), perto do limite com a cidade vizinha de São João de Meriti. Bombeiros do quartel de São Jão foram ao local apagar o fogo.


Na zona norte da capital, um carro foi incendiado na estrada João Paulo, em Honório Gurgel (zona norte), próximo ao complexo de favelas de Costa Barros. O incêndio foi controlado por bombeiros do quartel de Guadalupe. Também na zona norte, na rua Goiás, em Piedade, outro carro pegou fogo --a polícia investiga as causas.


Em Madureira, outro bairro da zona norte, um suspeito foi baleado e detido quando, segundo a PM, tentava atear fogo em um carro na rua Carolina Machado, perto do Madureira Shopping.


Ele foi encaminhado ao hospital estadual Carlos Chagas, na zona norte do Rio, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo. Outros três suspeitos conseguiram fugir, de acordo com os policiais do 41º Batalhão (Irajá).


Na estrada Grajaú-Jacarepaguá, que liga estes bairros das zonas norte e oeste, respectivamente, dois carros foram queimados, em um trecho cercado por favelas que descem até o bairro de Lins de Vasconcelos. O local é conhecido por ter diversos arrastões, pois não têm pontos de fuga.


Em Cabo Frio, na Região dos Lagos, um bandido parou um Celta, no bairro Jardim Esperança, mandou os ocupantes descerem e ateou fogo no carro. Anteriormente, outro carro havia sido incendiado em Cabo Frio, na praia do Forte (região central). A polícia investiga se a ordem teria partido de favelas do Rio.


Ao todo, na quinta-feira, 11 pessoas foram mortas --9 na favela do Jacarezinho (7 civis e 2 PMs) e 2 em Rocha Miranda, em um conflito na favela Palmerinha.


Para ler o restante, na íntegra clique aqui

Brincando de Rota 66

Rota 66, livro-reportagem do jornalista Caco Barcellos destrincha as ações policiais de uma das forças militares urbanas mais violentas do mundo: a ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).


Por meio de um megalevantamento de dados das mortes cometidas por alguns policiais desse departamento da Polícia Militar do Estado de São Paulo (a partir de 1976), ele mostra que a maioria das situações nas quais a ROTA diz ter matado  em confronto, com reação a prisão, de bandidos foi puro e simples assassinato a sangue frio com o "requinte do preconceito social". Segundo notícia abaixo, parece que alguns policiais civis resolveram brincar de ROTA 66:


Da Folha:



Cinco policiais civis são acusados de matar e forjar tiroteio em SP



ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO


Cinco policiais civis da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Mogi das Cruzes (Grande São Paulo) são acusados pela Promotoria de forjar um tiroteio para justificar um homicídio.

Antonio José Delfino, 57, foi morto às 19h30 do dia 18 de junho, quando, sem mandado de busca e apreensão, os policiais invadiram sua casa, em Mogi das Cruzes.

O delegado Fábio Moriconi Garcia, chefe dos policiais, é acusado de prevaricação. Ele concluiu o caso sem receber os laudos necroscópicos e atestou a ação dos policiais.

Os policiais civis denunciados são: Flávio Augusto de Souza Batista, chefe da equipe, Mauricy Ramos de Paiva, Emerson Roberto da Silva, Edney Barroso da Silva e Miguel Arcanjo Filho.

Na versão deles, Delfino era traficante de drogas e atirou nos policiais.

O laudo necroscópico mostrou que Delfino foi morto com sete tiros -quatro na cabeça. Para a Promotoria, seu corpo foi tirado do lugar onde caiu, uma laje acima de onde estavam os policiais.

TRAJETÓRIA

A análise da trajetória dos tiros revelou que os policiais, ao contrário do que dizem, balearam Delfino de cima para baixo, ou seja, ele não estava atirando de cima da laje.

Ao saber da conclusão da médica legista Raquel Barbosa Cintra, que examinou o corpo de Delfino, o delegado Moriconi e seus subordinados Flávio Batista e Mauricy Paiva pediram para que ela alterasse o documento.

Os policiais Emerson Silva e Mauricy Paiva mataram Sérgio Ferreira da Silva, 34, em 10 de novembro de 2009, em circunstâncias parecidas com as da morte de Antonio José Delfino.

OUTRO LADO

O investigador Flávio Augusto de Souza Batista, chefe da equipe da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Mogi das Cruzes (Grande São Paulo) acusada de matar Antonio José Delfino, afirmou que ele e seus subordinados não querem falar sobre as acusações feitas pela Promotoria.

Ainda de acordo com o investigador Batista, o delegado Fábio Moriconi Garcia, acusado pelo Ministério Público de não investigar como deveria a morte de Delfino, está em férias.

A reportagem da Folha também tentou localizar o delegado Garcia, mas não o encontrou.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Santa sexta-feira

A dica de música que homenageia um dos dias mais esperados da semana é do @AndreasCouto (foi dada na semana passada). Um dos caras que mais entende de música que eu conheço, será um grande jornalista do ramo!






Carta homofóbica já é antiga, diz funcionário do Mackenzie

Um funcionário do Mackenzie informou a este que vos fala que a tal carta publicada na primeira página do site oficial da universidade se posicionando contra a lei anti-homofobia  já era conhecida por ele na instituição há algum tempo.


Ele diz não saber (e não entende) porque foi parar na página da universidade, já que a homilia - texto de cunho religioso - é vinculada ao Instituto Presbiteriano, ou seja, a parte ligada à Igreja.


O que se tem questionado é o fato de estar no site da instituição de ensino e falar em nome dela - alunos e professores. O assunto foi muito divulgado e repercutiu na imprensa e nas redes sociais, inclusive uma manifestação de repúdio à carta está marcada para quarta-feira (24/11).

Sobre as favelas, na Economist

Da BBC

Brasil deve buscar em favelas inspiração para inovar, diz 'Economist'





Favela no Rio de Janeiro

Governo e empresas ignoram a criatividade das favelas, diz a revista





A revista britânica Economist diz, em edição publicada nesta quinta-feira, que o Brasil deve buscar inspiração nas suas favelas para criar produtos e negócios mais inovadores.


Em vista à favela de Heliópolis, em São Paulo, o correspondente da revista elogia a criatividade de comerciantes locais: “Mulheres vendem produtos de limpeza caseiros nos barracos. Homens fazem cadeiras com caixas. Uma loja chamada MecFavela vende hambúrgueres.”


No entanto, a revista diz que, “embora a distância entre essa economia informal e a formal esteja se reduzindo, ela permanece imensa. Muitas empresas ignoram os habitantes de Heliópolis e o governo continua a considerá-los mais vítimas potenciais do que promissores empreendedores”.


Euforia


Citando o sucesso mundial de empresas brasileiras como Embraer, Vale e Marcopolo, a Economist diz que os empresários nacionais vivem um momento de “euforia”, com a expectativa de que a economia cresça mais de 7% neste ano.


Mas a revista diz que as “companhias brasileiras estão fazendo bem menos do que suas rivais na Índia e na China para dominar a arte de produzir mercadorias baratas para as massas”.


Segundo a publicação, produtos e serviços inteligentes para os pobres abundam no país, mas a maior parte é concebida no exterior.


“As (empresas) campeãs brasileiras estão aplicando menos engenho para produzir mercadorias para o mercado local do que para o global”, diz a revista.


Investimento em pesquisa


A Economist diz que, em 2009, o país caiu 18 postos no ranking de inovação do instituto Insead (foi de 50º para 68º da lista) e que a proporção de produtos brutos exportados foi a maior desde 1978.


A revista lista como entraves à inovação no país o baixo investimento governamental em pesquisa (1,1% do PIB; a China investe 1,4%, e o Japão, 3,4%) e a burocracia.


“Os brasileiros se orgulham de sua habilidade para driblar regras bobas – eles o chamam de jeitinho. (...) Mas todo esse tempo gasto em encontrar formas de contornar regras burras seria melhor empregado à inovação em escala global”, diz a publicação.


Banco Panamericano


Em outra reportagem na mesma edição, a Economist elogia a atuação do Banco Central diante da revelação de que o Banco Panamericano fraudara o seu balanço.


Segundo a revista, a solução negociada para o problema (um empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito para cobrir o rombo de R$ 2,5 bilhões nas contas do banco) foi criativa e poupou o bolso dos contribuintes.


A Economist elogiou também o presidente do BC, Henrique Meirelles, dizendo que durante a sua gestão o banco “construiu uma boa reputação”.




quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mais uma da Folha

Do JornalismoB

O revanchismo da Folha contra Dilma

16 novembro 2010

Em 2008, quando o governo federal trouxe à tona o debate sobre a abertura dos arquivos da Ditadura Militar, boa parte da imprensa dominante brasileira alinhou-se aos militares de pijama e aos mais diversos setores da direita brasileira para dizer que se tratava de revanchismo. A gritaria foi tanta, fortalecida pelo discurso conservador da grande mídia, que os setores mais combativos do governo arrefeceram.

A revisão da Lei da Anistia não saiu, os arquivos da Ditadura continuaram fechados, todos nós continuamos cegos, surdos e mudos, continuamos ignorantes, o conhecimento sobre o passado brasileiro está logo ali, mas ninguém pode tocá-lo. Index Librorum Prohibitorum.

Pois alguns arquivos esses mesmos personagens querem abrir. Os personagens das trevas, da ignorância, da Idade Média, da obscuridade. O jornal Folha de S. Paulo comemorou, nesta terça-feira, uma vitória na Justiça. Depois de uma verdadeira batalha judicial, poderá ter acesso ao processo da Ditadura Militar contra a presidente eleita Dilma Rousseff (PT).

A ânsia da Folha em ter acesso a esses arquivos estranhamente não se reflete em qualquer vontade de ver abertos todos os outros, os arquivos que tratam de torturas, assassinatos e outras agressões dos militares de 64 aos cidadãos, à sociedade, e à democracia brasileira. Abrir esses arquivos seria revanchismo, dividiria o país, traria confrontos desnecessários, blábláblá.

É claro que a Folha queria mesmo é ter tido acesso a esses documentos antes das eleições que elegeram Dilma contra o candidato do jornal e do PSDB, José Serra. Como não deu, agora deverá usar as informações para tentar criar crises em um governo que ainda nem começou, mas já incomoda. A derrota eleitoral não foi bem assimilada, e o revanchismo está, agora sim, presente.

Vale esclarecer que são documentos diferentes, presos em instâncias diferentes. O processo de Dilma esteve aberto para consulta durante muitos anos, e só nas vésperas da eleição, com a então ministra já cotada para ser a sucessora de Lula, a Folha interessou-se. A Justiça impediu o acesso para que não fosse feito uso eleitoral. Os tais “arquivos da Ditadura”, pelo contrário, estão lacrados desde sempre.

Na próxima semana, quando a ata da sessão que aprovou a liberação dos arquivos for publicada, a Folha poderá usar os dados. O que sairá daí é esperar para ver. Mas não custa redobrar a atenção. O revanchismo está à solta.

Ato de protesto contra o posicionamento homofóbico do Mackenzie - 24/11

De página do Facebook

"Na última terça-feira (11), o Chanceler e Reverendo da Universidade Presbiteriana Mackienzie, uma das maiores e mais influentes Universidades do Brasil, Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes, publicou uma carta em que ele, em nome da Universidade, se posicionava contra a aprovação da Lei da Homofobia, citando passagens bíblicas e alegando que a cultura brasileira está cada vez mais distante das referências de certo e errado.

No...sso objetivo com esse manifesto não é necessariamente afrontar a falta de apoio da direção da universidade em relação a Lei da Homofobia. O fato do Reverendo apoiar suas justificativas sobre passagens biblicas e argumentos nao fundados é o que nos afronta. O reverendo falou em nome do Mackenzie para justificar seu comportamento homofóbico!

O nosso ato de protesto não é contra a instituição de ensino do Mackenzie, nem com seus corpos docente e dicente. Tambem nao tem conotação homossexual, heterossexual ou nenhuma orientação sexual direta. É um movimento em prol da liberdade de escolha, da liberdade de expressão, onde todos estão convidados a demonstrar a sua liberdade como bem entender.

Não podemos deixar essa oportunidade passar em branco; vamos demonstrar nossa pluralidade de escolhas sem medo e sem vergonha!

A presença de todos será muito importante e muito bem vinda.

Universidade Presbiteriana Mackezie
24/11/2010 - Quarta Feira
Concentração às 16h30
Manifestação às 18h00 (entre o horário de saída das turmas da tarde e a entrada das turmas da noite)

Tragam cartazes, bandeiras, cornetas, altofalantes, tirem o pó das vuvuzelas e vamos ver e ser vistos!"

Outra visão dos fatos

Reproduzo aqui dois comentários, que se somam, da amiga, leitora e escritora, Monique Buzatto, do Blog Papo de Menina. Mackenzista desde criancinha, traz uma visão diferente do que viemos comentando esses dias. Ela nos fornece uma outra forma de pensar no assunto.


"





Hummmmmm…

Posso falar?
Não se acaba com uma tradição de milhares de anos da noite pro dia.
Quando as pessoas entram no Mackenzie, elas têm noção de que os valores ali praticados são presbiterianos.

Sério, sério mesmo, você esperava algo diferente a este respeito????

O fato não quer dizer que eles vão recriminar homossexuais, ou eles não teriam quorum para os cursos deles. Quer dizer, simplesmente, que eles não vão abrir mão dos valores MORAIS e ERLIGIOSOS deles.
Esperar que fosse diferente seria como esperar que o Bento XVI aceitasse o casamento gay.

Pense nisso."

-

Não estou defendendo a “posição anti-lei-homofóbica” que eles adotam.Tente entender com outra lógica:
Eu sou a favor da legalização do aborto, mas sou contra O aborto.
São coisas completamente diferentes.

Liberdade de expressão é um direito constitucional.

O Brasil, apesar de ser um Estado laico, possui instituições religiosas. O Mack é uma universidade presbiteriana, mas mais ainda, é CONFESSIONAL. Isso está no seu contrato de prestação de serviços, está na carta de princípios, está na ética mackenzista que você respira.
Todo mundo sabe que a Igreja Presbiteriana determina os princípios da Universidade.

Sendo confessionais, eles deixam claro que há princípios religiosos que ditam as cartas de princípios e o método de trabalho deles.

O fato de o chanceler se declarar contra A LEI da homofobia, apenas deixa clara a sua posição a respeito desses princípios que eles querem pregar. Isso não significa que eles querem que todos acatem os princípios, ou eles obrigariam todos a frequentarem missas. O que não acontece. Você, estudante de jornalismo, tem o DIREITO de ser ateu, se quiser, numa universidade presbiteriana. Mas você não pode simplesmente ignorar que os princípios deles imperam lá dentro, porque você sempre soube da existência deles.

De volta à minha comparação com a posição contra ou a favor do aborto, as pessoas exageram nas coisas.

Claro que o Estado deu uma eloquência imensa à carta, mas com isso eles querem simplesmente dizer:
“Vejam bem, nós somos presbiterianos e gostaríamos de continuar pregando os nossos princípios, nas nossas Igrejas e nas nossas aulas do Colégio, da maneira como sempre pregamos, sem sermos processados por “homofobia”.”

É uma instituição que AINDA tem princípios e está simplesmente declarando seu direito de defendê-los.

Não é um ataque os gays, ou metade dos cursos deles perderiam o quorum. É, pelo que eu entendi do texto (e eu entendo um pouquinho de textos e do Mackenzie, sem soar arrogante, please), uma instituição que está querendo exercer seu DIREITO de pregar a sua ética.

Quem quiser, que compre. Ou não.
Mas que eles têm esse direito, eles têm.
Beijos ;*

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Os comentários juntamente com minhas "réplicas" você vê clicando aqui.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Isso é que é fazer o bem!

A ironia do título se refere ao slogan da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que diz fazer o bem há 140 anos. Será mesmo? Onde está a ética e a moral disso tudo? Por que nosso ilustríssimo mestre da referida disciplina não debate o assunto?


Universidade em São Paulo quer ter o direito de ser homofóbica


Do Blog da Folha


Ao utilizar como justificativa diversas citaçõe da bíblia, a Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo –publicou em seu site um manifesto através do qual exprime a sua opinião quanto à lei que caracteriza homofobia como um crime. Leia abaixo:


Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia


O Salmo 1, juntamente com outras passagens da Bíblia, mostra que a ética da tradição judaico-cristã distingue entre comportamentos aceitáveis e não aceitáveis para o cristão. A nossa cultura está mais e mais permeada pelo relativismo moral e cada vez mais distante de referenciais que mostram o certo e o errado. Todavia, os cristãos se guiam pelos referenciais morais da Bíblia e não pelas mudanças de valores que ocorrem em todas as culturas.


Uma das questões que tem chamado a atenção do povo brasileiro é o projeto de lei em tramitação na Câmara que pretende tornar crime manifestações contrárias à homossexualidade. A Igreja Presbiteriana do Brasil, a Associada Vitalícia do Mackenzie, pronunciou-se recentemente sobre esse assunto. O pronunciamento afirma por um lado o respeito devido a todas as pessoas, independentemente de suas escolhas sexuais; por outro, afirma o direito da livre expressão, garantido pela Constituição, direito esse que será tolhido caso a chamada lei da homofobia seja aprovada. A Universidade Presbiteriana Mackenzie, sendo de natureza confessional, cristã e reformada, guia-se em sua ética pelos valores presbiterianos. O manifesto presbiteriano sobre a homofobia, reproduzido abaixo, serve de orientação à comunidade acadêmica, quanto ao que pensa a Associada Vitalícia sobre esse assunto:


“Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualismo é homofóbica, e que caracteriza como crime todas essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualismo como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.


Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna em 1988 já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “. . . desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6:9-11).


A Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.


Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reafirma seu direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo”.


Rev. Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes
Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie


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Os Mackenzistas, assim como eu e meus amigos de turma, deveriam se envergonhar de tal afirmação e repudiar ao extremo esse tipo de declaração que só traz prejuízos (basta ver os ataques que os homossexuais têm sofrido ultimamente).












Universidade em São Paulo quer ter o direito de ser homofóbicaImprimirEmail







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Ao utilizar como justificativa diversas citaçõe da bíblia, a Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo –publicou em seu site um manifesto através do qual exprime a sua opinião quanto à lei que caracteriza homofobia como um crime. Leia abaixo:

Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia

O Salmo 1, juntamente com outras passagens da Bíblia, mostra que a ética da tradição judaico-cristã distingue entre comportamentos aceitáveis e não aceitáveis para o cristão. A nossa cultura está mais e mais permeada pelo relativismo moral e cada vez mais distante de referenciais que mostram o certo e o errado. Todavia, os cristãos se guiam pelos referenciais morais da Bíblia e não pelas mudanças de valores que ocorrem em todas as culturas.

Uma das questões que tem chamado a atenção do povo brasileiro é o projeto de lei em tramitação na Câmara que pretende tornar crime manifestações contrárias à homossexualidade. A Igreja Presbiteriana do Brasil, a Associada Vitalícia do Mackenzie, pronunciou-se recentemente sobre esse assunto. O pronunciamento afirma por um lado o respeito devido a todas as pessoas, independentemente de suas escolhas sexuais; por outro, afirma o direito da livre expressão, garantido pela Constituição, direito esse que será tolhido caso a chamada lei da homofobia seja aprovada. A Universidade Presbiteriana Mackenzie, sendo de natureza confessional, cristã e reformada, guia-se em sua ética pelos valores presbiterianos. O manifesto presbiteriano sobre a homofobia, reproduzido abaixo, serve de orientação à comunidade acadêmica, quanto ao que pensa a Associada Vitalícia sobre esse assunto:

“Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualismo é homofóbica, e que caracteriza como crime todas essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualismo como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.

Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna em 1988 já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “. . . desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6:9-11).

A Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.

Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reafirma seu direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo”.

Rev. Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes
Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Amantes de música clássica

A clássica Toccata and Fugue BWV 565 (aquela que sempre toca em bons filmes de terror), de Bach, interpretada por Karl Richter. E se você achava que operar míseros 3 pedais de automóvel era complicado, preste atenção nos 6m49s. Bom divertimento.






O que é ética?

Dica de Prof. Toni


Especialmente para os Mackenzistas que, assim como eu, não tiveram aulas de ética compatíveis com a necessidade (filósofo Mário Sérgio Cortella no programa do Jô Soares):







Vale a pena ver a entrevista na íntegra.


 

domingo, 7 de novembro de 2010

As trapalhadas da Folha de S. Paulo

As trapalhadas desse jornal não se resumem a apenas brigar com fatos e informações, mas aos péssimos atendimento e distribuição. Hoje, definitivamente, decidi não mais renovar minha assinatura do jornal Folha de S. Paulo.


Nos últimos tempos me entregaram jornal amassado, molhado, rasgado e tiveram a pachorra de me mandar um jornal do dia anterior! Sim, na terça-feira, recebi o jornal de segunda! Jornal do futuro ou do passado?


Nessa bela manhã de domingo de deparo com uma primeira página rasgada. Fiz minha milésima reclamação e a atendente, em um tom de arrogância, me disse:


- É o direito que o senhor tem. Cancele.


Por isso, tenho o direito de pedir que aqueles que forem assinar um jornal não assinem o tal jornal do futuro, "plural e apartidário".


Claro, sugiro a assinatura àqueles que tenham cachorro, porque, nesse caso, nunca falta utilidade para esse tipo de papel...


E por falar em absurdo...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

"Não posso ficar, nem mais um minuto com você..."*

[caption id="attachment_823" align="alignleft" width="274" caption="Modelo de relógio de sol. A primeira marcação de tempo se deu por esse método."][/caption]

Consta que a primeira tentativa de medir e o tempo foi por volta de 3000 a.C, quando egípcios e babilônios usaram um bastão fincado no chão para registrar, pelo sol , a passagem do tempo. Esses povos também foram os primeiros a dividir o dia em 24 horas.


Engrenagem vai, engrenagem vem, lá pelos anos 1600 (isso muito tempo depois de Cristo), na Suiça, hoje conhecida como referência na fabricação de relógios, inicia a produção e venda desses artigos para uso doméstico.




[caption id="attachment_824" align="alignright" width="235" caption="Nesse relógio de bolso, vemos as engrenagens do aparelho; chegou-se a usar tripas e até cerdas de pelo de porco na fabrição."][/caption]

Lembremos que não eram de bolso (1842) e as pulseiras estavam longe (surgem por encomenda, em 1810, para Marie Annonciade Carolina Murat, irmã de Napoleão Bonaparte). O primeiro a ser produzido para venda seria só em 1868 - e exclusivamente feminino). A precisão se restringia às horas - o ponteiro dos minutos foi acrescentado em 1670 e o dos segundos em 1765.


Só em 1904 ocorreu a popularização do relógio de pulso para homens vem com o pedido de Santos Dumont para seu amigo e joalheiro Louis-François Cartier, que projetou um modelo que usava o couro em sua pulseira - até então eram apenas de brilhantes.


Uma série convenções para determinar fatores horários, nomenclaturas e outras burocracias temporais ocorrem juntamente com o desenvolvimento e aprimoramento de relógios de quartzo, césio, rubídio e, nesse ano de 2010, até de hidrogênio - isso tudo para uso primário científico ("relógios atômicos"), cuja precisão é de quase 100% (descontados os efeitos da gravidade sobre o mover dos ponteiros).



Modelo de funcionamento de um relógio atômico

A modernidade e industrialização aceleraram o crescimento da necessidade de medir o tempo. Tudo custa tempo; a vida é uma efervescência que não para. Então, ora bolas, caminhamos quase 5000 mil anos na História relojoeira.Partimos de estacas de madeira fincadas no chão e chegamos aos moderníssimos Rolex nos pulsos dos mais abastados, de qualquer torre de igreja, bancos, shoppings, hospitais, lojas, cinemas, computadores, escritórios, teatros. Ou seja, é possível consultar as horas em qualquer lugar civilizado.


Respondam-me: como, em 2010, alguém ainda pode fazer outra pessoa esperar por mais de uma hora por falta de consultar relógios e sem ao menos se dar ao luxo de usar uma outra invençãozinha muito na moda ultimamente que é o celular? Mas, esse outro aparelho deixo pra outro post...Afinal, tenho que dormir e horários são horários.


* Se não estiver com pressa e quiser consultar minha fonte de pesquisa sobre os relógios, clique aqui. Já se quiser ouvir o samba de Adoniran Barbosa que dá o título, aperte .

domingo, 31 de outubro de 2010

Com mais de 85% das urnas apuradas, a candidata do PT Dilma Rousseff está eleita. Esse é um momento histórico para o país, pois temos a primeira mulher na presidência.


Votei em Dilma e considero que a eleição de Serra representaria um retrocesso aos avanços conseguidos por Lula. O candidato do PSDB seria uma ameaça principalmente à liberdade de expressão (basta ver os casos de Heródoto Barbeiro e Gabriel Priolli, da TV Cultura e Maria Rita Kehl, demitida do Estadão). Quem critica a regulamentação da atividade jornalística não é contra a liberdade de expressão, mas quem "pede a cabeça" de jornalistas sim.




[caption id="" align="alignleft" width="251" caption="Apesar das investidas do "imparcial" partido midiático, Dilma Rousseff é eleita. A primeira mulher a ocupar a presidência da República no Brasil"][/caption]

Grande parte da velha mídia fez um papel que beirou o ridículo na cobertura eleitoral. Escondendo dados desfavoráveis ao candidato que representavam, distorcendo informações, publicando meias-verdades ou mentiras e, é claro, insistindo na velha fórmula do apartidarismo, imparcialidade e isenção - talvez a maior mentira contada aos espectadores e leitores - por isso, digo que essa parte da mídia (com exceção do Estadão e da Carta Capital) ficou enrustida com relação à escolha de seu candidato. Dilma foi engolida a seco e as manipulações são surtiram o efeito acachapante que se esperava. Espero que nas próximas eleições, a velha mídia tome vergonha na cara e saia do armário.


Ambas as campanhas foram fracas ao discutir propostas. As discussões foram focadas em temas menores, como aborto e religiosidade dos candidatos, além de ataques pessoais. Temas centrais ficaram fora do debate.


Aliás, aos padres e pastores que trabalharam na clandestinidade: não foi dessa vez que vocês encheram suas batinas de dinheiro e utilizaram-se da fé e da boa-fé dos fiéis com sucesso.


Agora, é torcer para que seja feito um bom governo e acompanhar de perto suas ações. Que venha o Brasil pós-Lula, aquele que não tem José Serra na capa, mas sim, Dilma Rousseff.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Johnny Depp é o caramba

Exposição na Espanha mostra crueldade da pirataria após século 16


Da BBC

Uma exposição na cidade de Sevilha, Espanha, está contando a história dos piratas que aterrorizaram os mares após o início das Grandes Navegações, no século 15.

Rompendo com as versões romanceadas popularizadas por filmes como Piratas do Caribe, a história real, que emerge de depoimentos originais registrados no período, é de violência e crueldade.

Os relatos falam, por exemplo, de El Olonés, um francês conhecido em seu tempo como o mais cruel dos piratas caribenhos. Ele abria o peito de sua vítima, arrancava seu coração e o comia diante da tripulação.

São 170 peças, entre documentos e maquetes, que contam a história do ponto de vista da Espanha.

O evento, intitulado Mare clausum, Mare liberum, La piratería en la América española (Mar Fechado, Mar Livre, A pirataria na América espanhola), está sendo realizado pelo Archivo General de Indias e teve sua data de encerramento adiada devido ao grande interesse do público.

Versão Idealizada

"A imagem que chegou aos nossos dias mostra os piratas como aventureiros e até heróis", disse à BBC um dos guias da exposição. "A literatura e o cinema deram a eles uma aura romântica, mas a realidade era muito diferente".

"O título (da exposição) faz alusão às teorias que predominavam na Europa desde o descobrimento da América", explica o guia. "A Espanha apoiava a teoria do mar fechado, que lhe dava acesso exclusivo às novas riquezas, enquanto países como França e Holanda, que também queriam um quinhão do Novo Mundo, defendiam a teoria do mar aberto".

Franceses: Os primeiros

O primeiro caso de pirataria documentado ocorreu em 1522, quando o francês Jean Fleury interceptou a embarcação que levava os presentes do imperador asteca Montezuma ao conquistador espanhol Hernán Cortés.

Entretanto, o próprio Cristóvão Colombo tinha sido atacado antes, perto dos Açores, quando retornava de sua terceira viagem à América.

"Os primeiros a atuar foram os franceses. Os ingleses não apareceram até o final do século 16. Holandeses e dinamarqueses vieram depois do século 17", disseram à BBC as curadoras da exposição, Falia González e Pilar Lázaro.

"Foram três séculos de pressão constante sobre o tráfico marítimo mantido pela Espanha e de repetidos assaltos contra suas embarcações".

As Índias Ocidentais (como era chamado no período o continente Americano), eram um território imenso que a Espanha não podia povoar por completo, e os piratas estavam conscientes da debilidade e vulnerabilidade de seus portos.

A exposição detalha, por exemplo, a situação da cidade de Santa Marta, a mais antiga da Colômbia, destruída 20 vezes em um período de 50 anos.

Assim, aos poucos, as lendas de dragões e monstros que até então inundavam o oceano Atlântico deram lugar a uma fauna de personagens rudes e ambiciosos, tatuados ou amputados por espadas e canhões.

Mas havia vários tipos de piratas.

Leia na íntegra aqui

sexta-feira, 22 de outubro de 2010