sábado, 29 de janeiro de 2011

Brincando de Rota 66, a saga

Do Estadão - Especialmente para a @thatyns



Policiais da Rota suspeitos de execução de jovem são afastados


Ruan Araújo, de 19 anos, era suspeito de participar de arrastão em restaurante na Aclimação







SÃO PAULO - O comando da Polícia Militar do Estado de São Paulo decidiu afastar a equipe das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) envolvida na morte de Ruan Rodrigo Silva Araújo, de 19 anos, suspeito de participar de um arrastão na quinta-feira, 27, no restaurante BiCol, na Aclimação, zona sul de São Paulo [qual a equipe? quem são os policiais, seus nomes completos? quais são suas patentes? o jornal não informa. O "suspeito" assassinado tem nome completo e idade revelados, só faltou o número do RG, CPF e telefone...]. Segundo a PM, os policiais permanecerão afastados "até que os fatos sejam completamente esclarecidos".

A ação no restaurante durou cinco minutos. Policiais da Rota chegaram pouco após a saída do grupo e, pelo celular de uma das vítimas, localizaram um suspeito na Rua dos Estudantes, na Sé, a cerca de dois quilômetros do restaurante.

No relato à Polícia Civil, eles disseram ter avistado Araújo em um Honda Civic preto. O jovem teria pulado do carro e atirado. Os PMs dispararam e acertaram o rapaz três vezes. Ele foi socorrido, mas não resistiu. Moradores disseram à reportagem que Araújo de fato correu, mas não tinha nenhuma arma [grifo meu*].

A PM reafirma a política de "ser implacável na apuração dos desvios de conduta" e diz que divulgará informações complementares conforme o andamento da investigação.





* Caco Barcellos, em Rota 66, comprova que o gesto "humanitário" de socorrer os "feridos", em geral, não é mais que uma tentativa de violar o local do crime dificultando o trabalho da perícia - responsável por apurar as circunstâncias do crime, podendo revelar alguma irregularidade. São casos e mais casos de jovens "socorridos": chegam ao hospital já mortos - muitos já apresentam rigidez cadavérica. Ocorre também de "a troca de tiros" e resistência à prisão serem muitas vezes forjadas pelos policiais, munidos de armas não pertencentes ao suspeito - quase sempre condenado sumariamente, sem direito a um julgamento justo.

2 comentários:

  1. Quem é "quase sempre condenado sumariamente, sem direito a um julgamento justo" é o cidadão honesto e cumpridor dos seus deveres.

    É perturbador o fato de hoje no Brasil garantirem os Direitos Humanos para bandidos ao invés de assegurar o bem estar dos cidadãos.

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  2. Cláudio,

    Vivemos em uma democracia, em um Estado de Direito, no qual temos instituições aptas para fazer um julgamento justo. A justiça com as próprias mãos ficou na época de barbárie, ou seja, matadores não devem ter vez na nossa sociedade. Não é correto matar quem quer que seja, bandido ou não.

    Aliás, recomendo a leitura da obra de Caco Barcellos. Ele é muito pontual e apresenta argumentos - muito bem fundamentados, diga-se de passagem - que a maioria morta pela polícia nem criminosa é!

    Portanto, pense bem antes de expedir esse tipo de opinião radical. Creia-me: eu já pensei dessa maneira autoritária e desumana, mas analisando os fatos, a coisa não deve funcionar assim.

    Obrigado pela visita e comentário.

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