sábado, 27 de novembro de 2010

Pequena pausa

Em virtude das provas finais, trabalhos de arrancar o couro, declaro paralisadas as atividades do blog por tempo indeterminado. Postarei se, e somente se, surgir algo muito bacana ou forte nesse meio tempo. As atividades normais serão retomadas a partir da metade de dezembro.


Me dói parar de postar, porque muito mais gente está lendo o que eu venho escrevendo. A audiência só cresce e eu agradeço de novo.


Beijos e abraços


Disimo

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Licença para matar?

Esperemos que os abusos cometidos pelos agentes da lei sejam apurados.


"Rio Sob Ataque" é a 'vinheta' de cobertura da Folha. Hoje, mais cedo, no Bom Dia Brasil, o comentarista Alexandre Garcia não deixou de louvar a atitude dos "heróis de preto" do BOPE, clamando por coronel Nascimento. A opinião pública vem respaldando as atitudes das polícias, mas vamos com calma. Será que todos os que morreram estavam em confronto realmente?



Forças Armadas reforçarão segurança no Rio, que tem 39 mortes em 6 dias de ataques


O Rio de Janeiro já soma 39 mortos em seis dias de ataques criminosos na cidade e início das operações militares. Nesse período, 89 veículos foram incendiados.
Para hoje, a expectativa é de chegada de reforço na segurança com o apoio das Forças Armadas.


O ministro da Defesa, Nelson Jobim, assinou na noite desta quinta-feira uma autorização que determina às Forças Armadas o reforço do apoio ao governo do Rio nas operações de combate à onda de ataques que ocorre no Estado desde o domingo (21).


A ajuda foi solicitada pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) e autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Serão enviados 800 homens do Exército, para garantir a proteção dos perímetros das áreas que forem ocupadas pela polícia. Também serão enviados dois helicópteros da Força Aérea e dez veículos blindados de transporte. Também serão fornecidos, temporariamente, equipamentos de comunicação entre aeronaves e tropas em solo e óculos para visão noturna.


BALANÇO


Nas primeiras horas deste sexto dia de ataques, quatro carros foram incendiados. Um dos casos ocorreu na esquina das ruas Farme de Amoedo e Alberto de Campos, em Ipanema, bairro nobre da zona sul, onde bandidos queimaram um Fiat Punto. Policiais militares do 23º Batalhão prenderam dois suspeitos menores de idade que tentavam fugir para o Morro do Cantagalo.


O segundo incêndio desta madrugada aconteceu na rua Iguaperiba, em Brás de Pina (zona norte). Segundo a PM, dois homens fizeram o ataque ao automóvel e conseguiram fugir em seguida.


Por volta da 1h, uma Kombi foi encontrada em chamas em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.


Por volta das 5h, um ônibus da Viação Caprichosa foi incendiado na Presidente Dutra, na pista sentido São Paulo, no km 164, próximo ao Jardim América. Os bombeiros foram para o local controlar o fogo. Em nenhum dos casos há informação de feridos.


Na quinta-feira (25), um total de 42 veículos foi incendiado no Rio de Janeiro. Só no final da noite, foram sete --seis na Região Metropolitana e outro na Região dos Lagos, no interior do Estado. O último caso foi de um autómóvel queimado na avendia Brasil em frente à favela Kelson's, na Penha (zona norte), às 23h45.


Por volta das 23h, um ônibus foi queimado na Avenida Pedro Lessa, na Vila Leopoldina, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), perto do limite com a cidade vizinha de São João de Meriti. Bombeiros do quartel de São Jão foram ao local apagar o fogo.


Na zona norte da capital, um carro foi incendiado na estrada João Paulo, em Honório Gurgel (zona norte), próximo ao complexo de favelas de Costa Barros. O incêndio foi controlado por bombeiros do quartel de Guadalupe. Também na zona norte, na rua Goiás, em Piedade, outro carro pegou fogo --a polícia investiga as causas.


Em Madureira, outro bairro da zona norte, um suspeito foi baleado e detido quando, segundo a PM, tentava atear fogo em um carro na rua Carolina Machado, perto do Madureira Shopping.


Ele foi encaminhado ao hospital estadual Carlos Chagas, na zona norte do Rio, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo. Outros três suspeitos conseguiram fugir, de acordo com os policiais do 41º Batalhão (Irajá).


Na estrada Grajaú-Jacarepaguá, que liga estes bairros das zonas norte e oeste, respectivamente, dois carros foram queimados, em um trecho cercado por favelas que descem até o bairro de Lins de Vasconcelos. O local é conhecido por ter diversos arrastões, pois não têm pontos de fuga.


Em Cabo Frio, na Região dos Lagos, um bandido parou um Celta, no bairro Jardim Esperança, mandou os ocupantes descerem e ateou fogo no carro. Anteriormente, outro carro havia sido incendiado em Cabo Frio, na praia do Forte (região central). A polícia investiga se a ordem teria partido de favelas do Rio.


Ao todo, na quinta-feira, 11 pessoas foram mortas --9 na favela do Jacarezinho (7 civis e 2 PMs) e 2 em Rocha Miranda, em um conflito na favela Palmerinha.


Para ler o restante, na íntegra clique aqui

Brincando de Rota 66

Rota 66, livro-reportagem do jornalista Caco Barcellos destrincha as ações policiais de uma das forças militares urbanas mais violentas do mundo: a ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).


Por meio de um megalevantamento de dados das mortes cometidas por alguns policiais desse departamento da Polícia Militar do Estado de São Paulo (a partir de 1976), ele mostra que a maioria das situações nas quais a ROTA diz ter matado  em confronto, com reação a prisão, de bandidos foi puro e simples assassinato a sangue frio com o "requinte do preconceito social". Segundo notícia abaixo, parece que alguns policiais civis resolveram brincar de ROTA 66:


Da Folha:



Cinco policiais civis são acusados de matar e forjar tiroteio em SP



ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO


Cinco policiais civis da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Mogi das Cruzes (Grande São Paulo) são acusados pela Promotoria de forjar um tiroteio para justificar um homicídio.

Antonio José Delfino, 57, foi morto às 19h30 do dia 18 de junho, quando, sem mandado de busca e apreensão, os policiais invadiram sua casa, em Mogi das Cruzes.

O delegado Fábio Moriconi Garcia, chefe dos policiais, é acusado de prevaricação. Ele concluiu o caso sem receber os laudos necroscópicos e atestou a ação dos policiais.

Os policiais civis denunciados são: Flávio Augusto de Souza Batista, chefe da equipe, Mauricy Ramos de Paiva, Emerson Roberto da Silva, Edney Barroso da Silva e Miguel Arcanjo Filho.

Na versão deles, Delfino era traficante de drogas e atirou nos policiais.

O laudo necroscópico mostrou que Delfino foi morto com sete tiros -quatro na cabeça. Para a Promotoria, seu corpo foi tirado do lugar onde caiu, uma laje acima de onde estavam os policiais.

TRAJETÓRIA

A análise da trajetória dos tiros revelou que os policiais, ao contrário do que dizem, balearam Delfino de cima para baixo, ou seja, ele não estava atirando de cima da laje.

Ao saber da conclusão da médica legista Raquel Barbosa Cintra, que examinou o corpo de Delfino, o delegado Moriconi e seus subordinados Flávio Batista e Mauricy Paiva pediram para que ela alterasse o documento.

Os policiais Emerson Silva e Mauricy Paiva mataram Sérgio Ferreira da Silva, 34, em 10 de novembro de 2009, em circunstâncias parecidas com as da morte de Antonio José Delfino.

OUTRO LADO

O investigador Flávio Augusto de Souza Batista, chefe da equipe da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Mogi das Cruzes (Grande São Paulo) acusada de matar Antonio José Delfino, afirmou que ele e seus subordinados não querem falar sobre as acusações feitas pela Promotoria.

Ainda de acordo com o investigador Batista, o delegado Fábio Moriconi Garcia, acusado pelo Ministério Público de não investigar como deveria a morte de Delfino, está em férias.

A reportagem da Folha também tentou localizar o delegado Garcia, mas não o encontrou.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Santa sexta-feira

A dica de música que homenageia um dos dias mais esperados da semana é do @AndreasCouto (foi dada na semana passada). Um dos caras que mais entende de música que eu conheço, será um grande jornalista do ramo!






Carta homofóbica já é antiga, diz funcionário do Mackenzie

Um funcionário do Mackenzie informou a este que vos fala que a tal carta publicada na primeira página do site oficial da universidade se posicionando contra a lei anti-homofobia  já era conhecida por ele na instituição há algum tempo.


Ele diz não saber (e não entende) porque foi parar na página da universidade, já que a homilia - texto de cunho religioso - é vinculada ao Instituto Presbiteriano, ou seja, a parte ligada à Igreja.


O que se tem questionado é o fato de estar no site da instituição de ensino e falar em nome dela - alunos e professores. O assunto foi muito divulgado e repercutiu na imprensa e nas redes sociais, inclusive uma manifestação de repúdio à carta está marcada para quarta-feira (24/11).

Sobre as favelas, na Economist

Da BBC

Brasil deve buscar em favelas inspiração para inovar, diz 'Economist'





Favela no Rio de Janeiro

Governo e empresas ignoram a criatividade das favelas, diz a revista





A revista britânica Economist diz, em edição publicada nesta quinta-feira, que o Brasil deve buscar inspiração nas suas favelas para criar produtos e negócios mais inovadores.


Em vista à favela de Heliópolis, em São Paulo, o correspondente da revista elogia a criatividade de comerciantes locais: “Mulheres vendem produtos de limpeza caseiros nos barracos. Homens fazem cadeiras com caixas. Uma loja chamada MecFavela vende hambúrgueres.”


No entanto, a revista diz que, “embora a distância entre essa economia informal e a formal esteja se reduzindo, ela permanece imensa. Muitas empresas ignoram os habitantes de Heliópolis e o governo continua a considerá-los mais vítimas potenciais do que promissores empreendedores”.


Euforia


Citando o sucesso mundial de empresas brasileiras como Embraer, Vale e Marcopolo, a Economist diz que os empresários nacionais vivem um momento de “euforia”, com a expectativa de que a economia cresça mais de 7% neste ano.


Mas a revista diz que as “companhias brasileiras estão fazendo bem menos do que suas rivais na Índia e na China para dominar a arte de produzir mercadorias baratas para as massas”.


Segundo a publicação, produtos e serviços inteligentes para os pobres abundam no país, mas a maior parte é concebida no exterior.


“As (empresas) campeãs brasileiras estão aplicando menos engenho para produzir mercadorias para o mercado local do que para o global”, diz a revista.


Investimento em pesquisa


A Economist diz que, em 2009, o país caiu 18 postos no ranking de inovação do instituto Insead (foi de 50º para 68º da lista) e que a proporção de produtos brutos exportados foi a maior desde 1978.


A revista lista como entraves à inovação no país o baixo investimento governamental em pesquisa (1,1% do PIB; a China investe 1,4%, e o Japão, 3,4%) e a burocracia.


“Os brasileiros se orgulham de sua habilidade para driblar regras bobas – eles o chamam de jeitinho. (...) Mas todo esse tempo gasto em encontrar formas de contornar regras burras seria melhor empregado à inovação em escala global”, diz a publicação.


Banco Panamericano


Em outra reportagem na mesma edição, a Economist elogia a atuação do Banco Central diante da revelação de que o Banco Panamericano fraudara o seu balanço.


Segundo a revista, a solução negociada para o problema (um empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito para cobrir o rombo de R$ 2,5 bilhões nas contas do banco) foi criativa e poupou o bolso dos contribuintes.


A Economist elogiou também o presidente do BC, Henrique Meirelles, dizendo que durante a sua gestão o banco “construiu uma boa reputação”.




quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mais uma da Folha

Do JornalismoB

O revanchismo da Folha contra Dilma

16 novembro 2010

Em 2008, quando o governo federal trouxe à tona o debate sobre a abertura dos arquivos da Ditadura Militar, boa parte da imprensa dominante brasileira alinhou-se aos militares de pijama e aos mais diversos setores da direita brasileira para dizer que se tratava de revanchismo. A gritaria foi tanta, fortalecida pelo discurso conservador da grande mídia, que os setores mais combativos do governo arrefeceram.

A revisão da Lei da Anistia não saiu, os arquivos da Ditadura continuaram fechados, todos nós continuamos cegos, surdos e mudos, continuamos ignorantes, o conhecimento sobre o passado brasileiro está logo ali, mas ninguém pode tocá-lo. Index Librorum Prohibitorum.

Pois alguns arquivos esses mesmos personagens querem abrir. Os personagens das trevas, da ignorância, da Idade Média, da obscuridade. O jornal Folha de S. Paulo comemorou, nesta terça-feira, uma vitória na Justiça. Depois de uma verdadeira batalha judicial, poderá ter acesso ao processo da Ditadura Militar contra a presidente eleita Dilma Rousseff (PT).

A ânsia da Folha em ter acesso a esses arquivos estranhamente não se reflete em qualquer vontade de ver abertos todos os outros, os arquivos que tratam de torturas, assassinatos e outras agressões dos militares de 64 aos cidadãos, à sociedade, e à democracia brasileira. Abrir esses arquivos seria revanchismo, dividiria o país, traria confrontos desnecessários, blábláblá.

É claro que a Folha queria mesmo é ter tido acesso a esses documentos antes das eleições que elegeram Dilma contra o candidato do jornal e do PSDB, José Serra. Como não deu, agora deverá usar as informações para tentar criar crises em um governo que ainda nem começou, mas já incomoda. A derrota eleitoral não foi bem assimilada, e o revanchismo está, agora sim, presente.

Vale esclarecer que são documentos diferentes, presos em instâncias diferentes. O processo de Dilma esteve aberto para consulta durante muitos anos, e só nas vésperas da eleição, com a então ministra já cotada para ser a sucessora de Lula, a Folha interessou-se. A Justiça impediu o acesso para que não fosse feito uso eleitoral. Os tais “arquivos da Ditadura”, pelo contrário, estão lacrados desde sempre.

Na próxima semana, quando a ata da sessão que aprovou a liberação dos arquivos for publicada, a Folha poderá usar os dados. O que sairá daí é esperar para ver. Mas não custa redobrar a atenção. O revanchismo está à solta.

Ato de protesto contra o posicionamento homofóbico do Mackenzie - 24/11

De página do Facebook

"Na última terça-feira (11), o Chanceler e Reverendo da Universidade Presbiteriana Mackienzie, uma das maiores e mais influentes Universidades do Brasil, Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes, publicou uma carta em que ele, em nome da Universidade, se posicionava contra a aprovação da Lei da Homofobia, citando passagens bíblicas e alegando que a cultura brasileira está cada vez mais distante das referências de certo e errado.

No...sso objetivo com esse manifesto não é necessariamente afrontar a falta de apoio da direção da universidade em relação a Lei da Homofobia. O fato do Reverendo apoiar suas justificativas sobre passagens biblicas e argumentos nao fundados é o que nos afronta. O reverendo falou em nome do Mackenzie para justificar seu comportamento homofóbico!

O nosso ato de protesto não é contra a instituição de ensino do Mackenzie, nem com seus corpos docente e dicente. Tambem nao tem conotação homossexual, heterossexual ou nenhuma orientação sexual direta. É um movimento em prol da liberdade de escolha, da liberdade de expressão, onde todos estão convidados a demonstrar a sua liberdade como bem entender.

Não podemos deixar essa oportunidade passar em branco; vamos demonstrar nossa pluralidade de escolhas sem medo e sem vergonha!

A presença de todos será muito importante e muito bem vinda.

Universidade Presbiteriana Mackezie
24/11/2010 - Quarta Feira
Concentração às 16h30
Manifestação às 18h00 (entre o horário de saída das turmas da tarde e a entrada das turmas da noite)

Tragam cartazes, bandeiras, cornetas, altofalantes, tirem o pó das vuvuzelas e vamos ver e ser vistos!"

Outra visão dos fatos

Reproduzo aqui dois comentários, que se somam, da amiga, leitora e escritora, Monique Buzatto, do Blog Papo de Menina. Mackenzista desde criancinha, traz uma visão diferente do que viemos comentando esses dias. Ela nos fornece uma outra forma de pensar no assunto.


"





Hummmmmm…

Posso falar?
Não se acaba com uma tradição de milhares de anos da noite pro dia.
Quando as pessoas entram no Mackenzie, elas têm noção de que os valores ali praticados são presbiterianos.

Sério, sério mesmo, você esperava algo diferente a este respeito????

O fato não quer dizer que eles vão recriminar homossexuais, ou eles não teriam quorum para os cursos deles. Quer dizer, simplesmente, que eles não vão abrir mão dos valores MORAIS e ERLIGIOSOS deles.
Esperar que fosse diferente seria como esperar que o Bento XVI aceitasse o casamento gay.

Pense nisso."

-

Não estou defendendo a “posição anti-lei-homofóbica” que eles adotam.Tente entender com outra lógica:
Eu sou a favor da legalização do aborto, mas sou contra O aborto.
São coisas completamente diferentes.

Liberdade de expressão é um direito constitucional.

O Brasil, apesar de ser um Estado laico, possui instituições religiosas. O Mack é uma universidade presbiteriana, mas mais ainda, é CONFESSIONAL. Isso está no seu contrato de prestação de serviços, está na carta de princípios, está na ética mackenzista que você respira.
Todo mundo sabe que a Igreja Presbiteriana determina os princípios da Universidade.

Sendo confessionais, eles deixam claro que há princípios religiosos que ditam as cartas de princípios e o método de trabalho deles.

O fato de o chanceler se declarar contra A LEI da homofobia, apenas deixa clara a sua posição a respeito desses princípios que eles querem pregar. Isso não significa que eles querem que todos acatem os princípios, ou eles obrigariam todos a frequentarem missas. O que não acontece. Você, estudante de jornalismo, tem o DIREITO de ser ateu, se quiser, numa universidade presbiteriana. Mas você não pode simplesmente ignorar que os princípios deles imperam lá dentro, porque você sempre soube da existência deles.

De volta à minha comparação com a posição contra ou a favor do aborto, as pessoas exageram nas coisas.

Claro que o Estado deu uma eloquência imensa à carta, mas com isso eles querem simplesmente dizer:
“Vejam bem, nós somos presbiterianos e gostaríamos de continuar pregando os nossos princípios, nas nossas Igrejas e nas nossas aulas do Colégio, da maneira como sempre pregamos, sem sermos processados por “homofobia”.”

É uma instituição que AINDA tem princípios e está simplesmente declarando seu direito de defendê-los.

Não é um ataque os gays, ou metade dos cursos deles perderiam o quorum. É, pelo que eu entendi do texto (e eu entendo um pouquinho de textos e do Mackenzie, sem soar arrogante, please), uma instituição que está querendo exercer seu DIREITO de pregar a sua ética.

Quem quiser, que compre. Ou não.
Mas que eles têm esse direito, eles têm.
Beijos ;*

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Os comentários juntamente com minhas "réplicas" você vê clicando aqui.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Isso é que é fazer o bem!

A ironia do título se refere ao slogan da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que diz fazer o bem há 140 anos. Será mesmo? Onde está a ética e a moral disso tudo? Por que nosso ilustríssimo mestre da referida disciplina não debate o assunto?


Universidade em São Paulo quer ter o direito de ser homofóbica


Do Blog da Folha


Ao utilizar como justificativa diversas citaçõe da bíblia, a Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo –publicou em seu site um manifesto através do qual exprime a sua opinião quanto à lei que caracteriza homofobia como um crime. Leia abaixo:


Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia


O Salmo 1, juntamente com outras passagens da Bíblia, mostra que a ética da tradição judaico-cristã distingue entre comportamentos aceitáveis e não aceitáveis para o cristão. A nossa cultura está mais e mais permeada pelo relativismo moral e cada vez mais distante de referenciais que mostram o certo e o errado. Todavia, os cristãos se guiam pelos referenciais morais da Bíblia e não pelas mudanças de valores que ocorrem em todas as culturas.


Uma das questões que tem chamado a atenção do povo brasileiro é o projeto de lei em tramitação na Câmara que pretende tornar crime manifestações contrárias à homossexualidade. A Igreja Presbiteriana do Brasil, a Associada Vitalícia do Mackenzie, pronunciou-se recentemente sobre esse assunto. O pronunciamento afirma por um lado o respeito devido a todas as pessoas, independentemente de suas escolhas sexuais; por outro, afirma o direito da livre expressão, garantido pela Constituição, direito esse que será tolhido caso a chamada lei da homofobia seja aprovada. A Universidade Presbiteriana Mackenzie, sendo de natureza confessional, cristã e reformada, guia-se em sua ética pelos valores presbiterianos. O manifesto presbiteriano sobre a homofobia, reproduzido abaixo, serve de orientação à comunidade acadêmica, quanto ao que pensa a Associada Vitalícia sobre esse assunto:


“Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualismo é homofóbica, e que caracteriza como crime todas essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualismo como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.


Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna em 1988 já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “. . . desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6:9-11).


A Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.


Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reafirma seu direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo”.


Rev. Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes
Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie


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Os Mackenzistas, assim como eu e meus amigos de turma, deveriam se envergonhar de tal afirmação e repudiar ao extremo esse tipo de declaração que só traz prejuízos (basta ver os ataques que os homossexuais têm sofrido ultimamente).












Universidade em São Paulo quer ter o direito de ser homofóbicaImprimirEmail







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Ao utilizar como justificativa diversas citaçõe da bíblia, a Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo –publicou em seu site um manifesto através do qual exprime a sua opinião quanto à lei que caracteriza homofobia como um crime. Leia abaixo:

Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia

O Salmo 1, juntamente com outras passagens da Bíblia, mostra que a ética da tradição judaico-cristã distingue entre comportamentos aceitáveis e não aceitáveis para o cristão. A nossa cultura está mais e mais permeada pelo relativismo moral e cada vez mais distante de referenciais que mostram o certo e o errado. Todavia, os cristãos se guiam pelos referenciais morais da Bíblia e não pelas mudanças de valores que ocorrem em todas as culturas.

Uma das questões que tem chamado a atenção do povo brasileiro é o projeto de lei em tramitação na Câmara que pretende tornar crime manifestações contrárias à homossexualidade. A Igreja Presbiteriana do Brasil, a Associada Vitalícia do Mackenzie, pronunciou-se recentemente sobre esse assunto. O pronunciamento afirma por um lado o respeito devido a todas as pessoas, independentemente de suas escolhas sexuais; por outro, afirma o direito da livre expressão, garantido pela Constituição, direito esse que será tolhido caso a chamada lei da homofobia seja aprovada. A Universidade Presbiteriana Mackenzie, sendo de natureza confessional, cristã e reformada, guia-se em sua ética pelos valores presbiterianos. O manifesto presbiteriano sobre a homofobia, reproduzido abaixo, serve de orientação à comunidade acadêmica, quanto ao que pensa a Associada Vitalícia sobre esse assunto:

“Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualismo é homofóbica, e que caracteriza como crime todas essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualismo como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.

Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna em 1988 já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “. . . desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6:9-11).

A Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.

Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reafirma seu direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo”.

Rev. Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes
Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Amantes de música clássica

A clássica Toccata and Fugue BWV 565 (aquela que sempre toca em bons filmes de terror), de Bach, interpretada por Karl Richter. E se você achava que operar míseros 3 pedais de automóvel era complicado, preste atenção nos 6m49s. Bom divertimento.






O que é ética?

Dica de Prof. Toni


Especialmente para os Mackenzistas que, assim como eu, não tiveram aulas de ética compatíveis com a necessidade (filósofo Mário Sérgio Cortella no programa do Jô Soares):







Vale a pena ver a entrevista na íntegra.


 

domingo, 7 de novembro de 2010

As trapalhadas da Folha de S. Paulo

As trapalhadas desse jornal não se resumem a apenas brigar com fatos e informações, mas aos péssimos atendimento e distribuição. Hoje, definitivamente, decidi não mais renovar minha assinatura do jornal Folha de S. Paulo.


Nos últimos tempos me entregaram jornal amassado, molhado, rasgado e tiveram a pachorra de me mandar um jornal do dia anterior! Sim, na terça-feira, recebi o jornal de segunda! Jornal do futuro ou do passado?


Nessa bela manhã de domingo de deparo com uma primeira página rasgada. Fiz minha milésima reclamação e a atendente, em um tom de arrogância, me disse:


- É o direito que o senhor tem. Cancele.


Por isso, tenho o direito de pedir que aqueles que forem assinar um jornal não assinem o tal jornal do futuro, "plural e apartidário".


Claro, sugiro a assinatura àqueles que tenham cachorro, porque, nesse caso, nunca falta utilidade para esse tipo de papel...


E por falar em absurdo...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

"Não posso ficar, nem mais um minuto com você..."*

[caption id="attachment_823" align="alignleft" width="274" caption="Modelo de relógio de sol. A primeira marcação de tempo se deu por esse método."][/caption]

Consta que a primeira tentativa de medir e o tempo foi por volta de 3000 a.C, quando egípcios e babilônios usaram um bastão fincado no chão para registrar, pelo sol , a passagem do tempo. Esses povos também foram os primeiros a dividir o dia em 24 horas.


Engrenagem vai, engrenagem vem, lá pelos anos 1600 (isso muito tempo depois de Cristo), na Suiça, hoje conhecida como referência na fabricação de relógios, inicia a produção e venda desses artigos para uso doméstico.




[caption id="attachment_824" align="alignright" width="235" caption="Nesse relógio de bolso, vemos as engrenagens do aparelho; chegou-se a usar tripas e até cerdas de pelo de porco na fabrição."][/caption]

Lembremos que não eram de bolso (1842) e as pulseiras estavam longe (surgem por encomenda, em 1810, para Marie Annonciade Carolina Murat, irmã de Napoleão Bonaparte). O primeiro a ser produzido para venda seria só em 1868 - e exclusivamente feminino). A precisão se restringia às horas - o ponteiro dos minutos foi acrescentado em 1670 e o dos segundos em 1765.


Só em 1904 ocorreu a popularização do relógio de pulso para homens vem com o pedido de Santos Dumont para seu amigo e joalheiro Louis-François Cartier, que projetou um modelo que usava o couro em sua pulseira - até então eram apenas de brilhantes.


Uma série convenções para determinar fatores horários, nomenclaturas e outras burocracias temporais ocorrem juntamente com o desenvolvimento e aprimoramento de relógios de quartzo, césio, rubídio e, nesse ano de 2010, até de hidrogênio - isso tudo para uso primário científico ("relógios atômicos"), cuja precisão é de quase 100% (descontados os efeitos da gravidade sobre o mover dos ponteiros).



Modelo de funcionamento de um relógio atômico

A modernidade e industrialização aceleraram o crescimento da necessidade de medir o tempo. Tudo custa tempo; a vida é uma efervescência que não para. Então, ora bolas, caminhamos quase 5000 mil anos na História relojoeira.Partimos de estacas de madeira fincadas no chão e chegamos aos moderníssimos Rolex nos pulsos dos mais abastados, de qualquer torre de igreja, bancos, shoppings, hospitais, lojas, cinemas, computadores, escritórios, teatros. Ou seja, é possível consultar as horas em qualquer lugar civilizado.


Respondam-me: como, em 2010, alguém ainda pode fazer outra pessoa esperar por mais de uma hora por falta de consultar relógios e sem ao menos se dar ao luxo de usar uma outra invençãozinha muito na moda ultimamente que é o celular? Mas, esse outro aparelho deixo pra outro post...Afinal, tenho que dormir e horários são horários.


* Se não estiver com pressa e quiser consultar minha fonte de pesquisa sobre os relógios, clique aqui. Já se quiser ouvir o samba de Adoniran Barbosa que dá o título, aperte .