Peço licença para publicar excelente texto de Rodrigo Vianna (Escrevinhador).
GLOBO.COM TENTA EVITAR NOTÍCIA RUIM
MAS MÍDIA ALIADA NÃO ESCONDE MASSACRE EM GAZA
Israel é um Estado fora da lei. Não sou eu que estou dizendo. Quem afirma é Richard Falk, relator especial da ONU para a Situação dos Direitos Humanos nos Territórios Palestinos.
Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira, em São Paulo, Falk acusou Israel de violar a Convenção de Genebra. E disse que não há precedentes, na história moderna das guerras, de um Estado impedir que a população civil se desloque para evitar os combates. Israel impede os palestinos de sair de Gaza.
A declaração de Falk, evidentemente, virou manchete. Terra e UOL deram com destaque. Mas, estranhamente, o G1 “escondeu” a notícia. O portal das Organizações (!) Globo, pouco depois das 20 horas desta quarta-feira, preferia destacar: “ONG judaica acusa PT de anti-semitismo”.
No G1, o texto sobre o relator da ONU aparecia lá embaixo no menu, e com uma manchete estranha: “Lançamento de foguetes do Hamas cria desculpa pra Israel”, diz relator da ONU. A frase de Falk, acusando Israel de atentar contra as leis internacionais, parece não ter agradado muito a turma da Globo. Então, está resolvido: tira da manchete, esconde.
Isso me lembra um outro episódio, que testemunhei há 3 anos: quando era repórter da TV Globo, fui cobrir a coletiva - em São Paulo - de um enviado da ONU para assuntos de racismo.
Ele dizia estranhar o discurso de autoridades brasileiras, que ainda defendiam a tese de que no Brasil existia a “democracia racial”. Para o representante da ONU, era evidente que havia racismo no Brasil. Fiz a matéria contando isso, mas os chefes lá na Globo não gostaram muito.
Não deixaram a matéria entrar no Jornal Nacional.
Agora, será que o G1 (portal da Globo) quer fazer o mesmo com o caso de Israel?
O G1 acha que engana a quem?
Israel contraria as convenções internacionais. Israel massacra a população civil. Israel é hoje, infelizmente, um Estado fora-da-lei.
Mas, quem constata isso vira logo “anti-semita” – como a ONG judaica afirmou sobre o PT. O Centro Simon Weishental não gostou da nota emitida pelo Partido dos Trabalhadores classificando a invasão de Gaza como um ato nazista. Ficaram ofendidos? Mantenham a calma: no Brasil há grupos de comunicação dispostos a divulgar a versão que interessa a vocês, viu?
Durante anos, a parceria de Israel com os Estados Unidos e a proximidade de Israel com importantes corporações de mídia pareciam garantir coberturas escandalosamente pró-israelenses nos conflitos com os árabes.
Israel ainda tem muitos amigos no Ocidente, gente disposta - na grande mídia - a torcer a verdade em nome da defesa dos interesses israelenses mais canhestros. No Brasil, a turma de Ratzinger está aí pra isso mesmo!
Mas, meus amigos, dessa vez a casa caiu. O massacre é cometido a olhos nus. Crianças palestinas são mortas dentro das escolas. A justificativa dessas ONGs que fazem “lobby” pró-Israel é de que Israel é uma democracia cercada por regimes bárbaros e assassinos. Isso não cola, afinal de que serve uma democracia que massacra crianças na escola?
O G1 e os amigos de Israel pelo mundo podem dizer o que quiserem. Israel, hoje, é um Estado fora-da-lei. Seus dirigentes deviam ser julgados em tribunais internacionais. E, agora, sou eu também que estou dizendo.
GLOBO.COM TENTA EVITAR NOTÍCIA RUIM
MAS MÍDIA ALIADA NÃO ESCONDE MASSACRE EM GAZA
Israel é um Estado fora da lei. Não sou eu que estou dizendo. Quem afirma é Richard Falk, relator especial da ONU para a Situação dos Direitos Humanos nos Territórios Palestinos.
Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira, em São Paulo, Falk acusou Israel de violar a Convenção de Genebra. E disse que não há precedentes, na história moderna das guerras, de um Estado impedir que a população civil se desloque para evitar os combates. Israel impede os palestinos de sair de Gaza.
A declaração de Falk, evidentemente, virou manchete. Terra e UOL deram com destaque. Mas, estranhamente, o G1 “escondeu” a notícia. O portal das Organizações (!) Globo, pouco depois das 20 horas desta quarta-feira, preferia destacar: “ONG judaica acusa PT de anti-semitismo”.
No G1, o texto sobre o relator da ONU aparecia lá embaixo no menu, e com uma manchete estranha: “Lançamento de foguetes do Hamas cria desculpa pra Israel”, diz relator da ONU. A frase de Falk, acusando Israel de atentar contra as leis internacionais, parece não ter agradado muito a turma da Globo. Então, está resolvido: tira da manchete, esconde.
Isso me lembra um outro episódio, que testemunhei há 3 anos: quando era repórter da TV Globo, fui cobrir a coletiva - em São Paulo - de um enviado da ONU para assuntos de racismo.
Ele dizia estranhar o discurso de autoridades brasileiras, que ainda defendiam a tese de que no Brasil existia a “democracia racial”. Para o representante da ONU, era evidente que havia racismo no Brasil. Fiz a matéria contando isso, mas os chefes lá na Globo não gostaram muito.
Não deixaram a matéria entrar no Jornal Nacional.
Agora, será que o G1 (portal da Globo) quer fazer o mesmo com o caso de Israel?
O G1 acha que engana a quem?
Israel contraria as convenções internacionais. Israel massacra a população civil. Israel é hoje, infelizmente, um Estado fora-da-lei.
Mas, quem constata isso vira logo “anti-semita” – como a ONG judaica afirmou sobre o PT. O Centro Simon Weishental não gostou da nota emitida pelo Partido dos Trabalhadores classificando a invasão de Gaza como um ato nazista. Ficaram ofendidos? Mantenham a calma: no Brasil há grupos de comunicação dispostos a divulgar a versão que interessa a vocês, viu?
Durante anos, a parceria de Israel com os Estados Unidos e a proximidade de Israel com importantes corporações de mídia pareciam garantir coberturas escandalosamente pró-israelenses nos conflitos com os árabes.
Israel ainda tem muitos amigos no Ocidente, gente disposta - na grande mídia - a torcer a verdade em nome da defesa dos interesses israelenses mais canhestros. No Brasil, a turma de Ratzinger está aí pra isso mesmo!
Mas, meus amigos, dessa vez a casa caiu. O massacre é cometido a olhos nus. Crianças palestinas são mortas dentro das escolas. A justificativa dessas ONGs que fazem “lobby” pró-Israel é de que Israel é uma democracia cercada por regimes bárbaros e assassinos. Isso não cola, afinal de que serve uma democracia que massacra crianças na escola?
O G1 e os amigos de Israel pelo mundo podem dizer o que quiserem. Israel, hoje, é um Estado fora-da-lei. Seus dirigentes deviam ser julgados em tribunais internacionais. E, agora, sou eu também que estou dizendo.
Diegoo.. Parabéns.. Tenho muita vontade de escrever diariamente em um blog muitos dos textos que eu leio e enriquecem meu dia-a-dia.. Enfim isto ainda não é possivel.. Mas ótima iniciativa! A partir deste texto que você postou (de Ricardo Vianna, se não me engano).. É um bom texto e como este existem muitos outos que apontam outras gafes lamentavéis da TV Globo, porém é preciso verificar as fontes, se são msm de confiança, sim a emissora tem grande influênicia Americana e sabemos o quanto o EUA influencia a Israel mas é complicado tomar partido numa guerra muito antiga em que os envolvidos tem seus motivos fundamentados em religião e questões politico-financeiras. Israel não é um vilão por si só. Questionar e avaliar estes pensamentos "anti-america" (Contra EUA)é muito importante para formarmos uma real opnião de forma arbitrária sem nos deixar pender para um dos lados e ser injusto com o outro. Até pq tb sabemos que a própria ONU é um grande instrumento de manipulação do EUA.Novamente PARABÉNS!Paula Vieira
ResponderExcluirMuito obrigado pelos elogios. Contruiremos um espaço melhor a cada comentário, a cada texto. Realmente, temos que ver o que ocorre de forma imparcial, só que o problema é que nossa mídia É VOLTADA para os interesses dos EUA, grande manipulador de Israel. Claro que a questão é antiga, é só ver a relação com a criação de Israel em 1948, e o que foi feito com os Palestinos. Nem um dos lados é "santo". O problema é a morte de civis, e ainda mais crianças que nada tem a ver com o conflito. Agora, Israel é de fato apadrinhado pelos EUA. A guerra religiosa existe, mas diante dos EUA é apenas um pano de fundo, uma cortina para confundir. O verdadeiro motivo, pelo menos com eu (e não só eu) e muita gente com muito mais conhecimento nesse aspecto pensa, é a questão do controle e o poder na região.Vamos junto contruir um lugar de discussão!
ResponderExcluirSó uma correção: Rodrigo Vianna
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