sexta-feira, 24 de julho de 2009

A irresponsável mídia brasileira


De novo a gripe suína, ou gripe A ou nova gripe. Pode-se constatar que esse é um momento de grande apreensão para a população mundial (em especial do hemisfério sul, que se encontra no inverno). Apreensão, e não pânico. O problema existe, isso é fato. A imprensa brasileira deveria, na sua qualidade informativa, fazer isso: informar.

O que se observa é a tentativa de instauração do pânico por meio do tom dado às notícias referentes à nova gripe. Os jornais da televisão exibem quase que 24 horas por dia um médico infectologista (em geral professores de grandes universidades e médicos dos hospitais de referência no tratamento de doenças infecciosas) que responde às mesmas perguntas de sempre dos apresentadores e supostas perguntas enviadas por telespectadores.

Não se fala de outro assunto praticamente: as tragédias cotidianas foram deixadas de lado e o enfoque em questões políticas e empresariais, tão abundantes em tempos pré-gripe, agora passam despercebidas.

Ao invés de esclarecer a população para acalmar os ânimos, a manifestação da mídia faz exatamente o contrário. Quando estourou o assunto da então chamada gripe suína, no México, a imprensa brasileira fez sua algazarra. Abruptamente, as notícias passaram de reportagens de meia hora, para pequenas notas de 10 segundos. Agora que o problema chegou ao Brasil, a mídia faz a festa.

Onde está a responsabilidade jornalística? O combate ao vírus deve ser feito e a informação dada sem alarmes desnecessários, pois a atitude midiática do Brasil só vai levar ao pior, já que ao menor sinal de resfriado as pessoas estão procurando hospitais, onde podem se contaminar com o vírus da gripe e adoecer de forma realmente grave.

Amedrontar para facilitar a dominação. E o sistema público de saúde, está pronto a atender os necessitados?

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