domingo, 23 de outubro de 2011
Por essas e muitas outras sou fã do Caco Barcellos
Programa “Em Pauta”, da Globo News, do dia 20/09 (vi os vídeos no Blog do Nassif), traz a participação do grande jornalista Caco Barcellos, sempre lúcido e uma grande referência quando se trata de jornalismo criterioso, responsável e verdadeiramente impactante social.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
FLAGRANTE: Carro estacionado na vaga de deficiente
Na região da Avenida Paulista, o estacionamento é caríssimo e vagas na rua, muito disputadas. Uma senhora loura, bem vestida e que não aparentava nenhum tipo de deficiência parou o carro ontem, por volta das 17h40 na Alameda Jaú. O veículo não tinha nenhum adesivo para indicar que o carro era de alguém deficiente e nem possuía o cartão exigido para estacionar ali.
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Optei por borrar a placa já que não consegui falar com a infratora |
Constituição, democracia e o editorial do Estadão
O jornal O Estado de S. Paulo apresenta um precedente – e tendência - perigoso em seu editorial de 18/10/2011 intitulado “O ministro tem de sair”. O texto de refere à denúncia publicada pela revista Veja contra o ministro do Esporte Orlando Silva, em um suposto caso de beneficiamento do titular da pasta com desvio de verbas do programa “Segundo Tempo”.
O denunciante, João Dias Ferreira, é ex-militante do PCdoB, o partido do ministro, e atualmente policial militar. Foi preso, em abril de 2010, durante a Operação Shaolin, que investigava repasses de verbas a ONGs ligadas ao programa Segundo Tempo. Teria recebido, por intermédio do ministério quase 2 milhões de reais para sua associação de Kung Fu.
O que choca no editorial:O art. 5º, inciso LVII, da Constituição Federal de 1988, é bem claro e diz que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória”. A Carta Magna não faz exceções à classe política.
“A acusação, divulgada no fim da semana pela revista Veja, deixou Orlando Silva sem condições de continuar no cargo. Ele pediu à Polícia Federal que investigue o caso, que certamente acabará nos tribunais. Mas, no âmbito da política, o princípio da presunção de inocência não se aplica nem se pode esperar que sentenças transitem em julgado”.
Um dos instrumentos fundamentais do Estado Democrático de Direito é a Constituição, afinal ela assegura que os direitos sejam assegurados e os deveres, cumpridos.
“Quem tem informação tem o poder”, manchetou o Estadão essa semana. A frase foi dita pelo então presidente da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa), Gonzalo Marroquín, poucos momentos antes de passar o cargo Milton Coleman, jornalista do Washington Post. Ou seja, os jornais detêm o poder da informação – e nesse caso da opinião.
O jornal da família Mesquita levanta a bandeira da imprensa livre e todos os preceitos democráticos que a Constituição representa, e elogia o trabalho da SIP na construção de uma imprensa “forte e independente”, mas não se furta a ocultar um direito, uma garantia fundamental: a presunção da inocência, seja ela para quem for, quaisquer sejam a profissão, cargo e posição social do “suspeito”.
A publicação não faz mais do registrar por escrito e assinar embaixo a tendência que tem tomado conta do jornalismo, especialmente o brasileiro, há algum tempo: fazer julgamentos sumários e submeter “suspeitos” à condição de criminosos da mais baixa estirpe, legitimamente condenados pela Justiça, sem direito a recursos.
Pelo que estamos aprendendo na Universidade, no curso de Jornalismo, dar direito à ampla defesa, presumir a inocência e colaborar para a pluralidade dos fatos, buscando o máximo de indícios que nos aproxime ao máximo da verdade é o correto – e o profissional sério deve buscar essa correção com todo o esforço. Mas parece que alguns frequentaram outros tipos de escola, com outros ensinamentos. Esta aí o resultado.
sábado, 15 de outubro de 2011
Homenagem aos verdadeiros Mestres
Passei minha pré-escola na escola que pertencia à minha avó. E mais que isso: tive o privilégio de ser alfabetizado por ela, minha primeira professora. Na "Brincando de Aprender", dentre outras magníficas e marcantes experiências, descobri que o Papai Noel, participante das festas de Natal, carregador dos sacos de presente era ninguém menos do que meu avô!
Descobertas à parte, foi justamente o final desse período que marcou a primeira grande mudança da minha vida: passei do ambiente aconchegante, tranquilo e protegido da escolinha de vovó para a primeira série do ensino fundamental, num colégio que nem se compara em termos de tamanho e quantidade de crianças. Foi um choque! Sair do ninho, da zona de conforto e cair num mundo de desconhecidos. A arte de fazer novas amizades, enturmar-se com todos. Isso lá pelos idos de 1999 (e o melhor é que doze anos depois, conservo contato e uma grande amizade com vários daqueles, na época, "estranhos").
Noêmia, Roseli, Cristina e Lizani. Professoras dos quatro anos do fundamental, respectivamente. Cada qual à sua maneira, marcantes.
Noêmia por ser a primeira e "nos recepcionar" no colégio. Além disso, já era relativamente próxima a mim, por ser amiga de meus tios, que foram professores no meu antigo colégio. Minha primeira feira de ciências! Poluição, cuidado com o meio ambiente...Tenho fotos, só preciso achá-las e escanear. Com ela, perdi contato.
Roseli, que depois de perder contato, me achou há pouco tempo pelo Facebook. Doce, amiga dos alunos, bastante próxima e muito querida por todos. Deixou saudades quando passamos à terceira série, mas nunca deixava de nos observar, já que as salas eram perto. Hoje, ela mora no Espírito Santo.
Cristina. Um pouco mais séria, mas não menos divertida. Quando foi nos ensinar fração, pediu que trouxéssemos bolos, chocolates etc. para que a gente aprendesse na prática! Foi uma aula inesquecível. Ainda trabalha no meu colégio, mas, como faz tempo que não tenho notícias dela, é provável que já tenha se aposentado.
E Lizani, a última professora do período. Foi o ano de encerramento do ciclo de uma professora que nos acompanhava o ano todo, e a passagem para o desmembramento das disciplinas em múltiplos professores. Sua paciência e habilidade em solucionar conflitos foi bastante útil em algumas pendengas que tive com alguns amigos naquele ano - mas nada que não tenha sido prontamente superado. Também foi apoiadora do nosso "Clube de Pesquisas Espaciais" - chegamos a furar a segurança de áreas do colégio para observar o céu! Ela se mudou para a Inglaterra para acompanhar a missão do marido, o pastor Arno.
É incrível como essas cinco mulheres acima me marcaram! Como esquecer verdadeiras mestres? Pessoas que contribuíram fortemente para o que sou hoje.
Além de pessoas incríveis, foram professoras incríveis. E aí é que está a diferença entre ser professor de fato e encarar a profissão como um mero ofício, mera técnica.
Elas nunca acharam que sabiam tudo e nós, nada. Pelo contrário: sempre consideraram que cada aluno é um ser humano único, cujas possibilidades de aprender e ensinar são ilimitadas e infinitas.
Muito nos ensinaram, mas aprenderam também. O ensino é uma via de mão dupla, nunca é unidirecional, como alguns querem fazer crer. E é importante deixar claro que a disciplina nunca foi sinônimo de autoritarismo ou intransigência,, mas ao contrário. Relações baseadas em profissionalismo, mas, acima de tudo, em respeito, carinho e dedicação verdadeira à causa a qual se propuseram: ensinar.
Portanto, meus mais sinceros parabéns aos verdadeiros Professores. Àqueles que merecem serem chamados assim, afinal SÃO professores, e não empregados de uma indústria, como parecem pensar alguns.
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Dediquei esse post a essas professoras em especial, mas ele é extensivo a todos os bons professores que tive durante o ensino fundamental e médio:
Laudelino Aparecido (Matemática), Márcia Siqueira (Português), Célia Pilz (História), Ângela Maria da Silva (Geografia), Eric Nakano (nosso coordenador de sala durante todo o ensino médio, Física/Matemática), Wilson Ferreira (História), Gilmar Peyerl (Química e Ciências, durante o Fundamental), Luiz Cassanho (Geografia), Sami Lopes (Matemática), Adriano 'Gontijo' (Inglês), Murilo de Assis e Cássio 'Geladeira' Silveira (Gramática e Literatura), Pr. Jones Marlow (Cultura Religiosa), Diógenes Mathioli (Biologia), Dagmar Amsberg (Artes), Edson Eller (atual coordenador, mas que em 1999, dava aula de informática e nos apresentou ao Google). Domênico e Carmen (Educação Física).
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
VÍDEO:Exército bate e censura no Complexo do Alemão
Via Carlos Latuff pelo twitter
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