quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Explosão em 1996 deixou 42 mortos em shopping da Grande São Paulo

É bom não esquecer o fato, para que a negligência de alguns, que resultou em um grave acidente no Osasco Plaza Shopping, em 11 de junho de 1996, não vitime outras pessoas no shopping Center Norte e arredores.


Um vazamento de gás, cuja manutenção era responsabilidade da Ultragaz, na praça de alimentação do centro de compras, em plena véspera do dia dos namorados, ocasionou uma explosão que destruiu uma enorme parte do local, matou 42 pessoas e deixou mais de 300 feridas.

Em 1999, a Justiça paulista condenou cinco pessoas pelo “acidente”: o diretor comercial do shopping e quatro engenheiros, porém, todos foram absolvidos em 2005 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que alegou falta de provas. A indenização total paga às vítimas ultrapassou os 25 milhões de reais.


Obviamente, é necessário separar ambos os casos: no de Osasco, a negligência ficou por parte da administração do shopping e da Ultragaz, responsáveis pelo encanamento de gás, já no Center Norte o buraco é mais embaixo, pois a construção, de 1984, se deu sobre um lixão, até hoje em decomposição, cujo gás gerado pelo processo não é drenado como deveria.


E o que é pior: não se descobriu agora, o problema se arrasta desde o ano passado. As medidas tomadas não diminuíram a concentração do metano, e uma explosão é iminente.


Quem diz isso é a CETESB. O shopping contesta. Mas, afinal, será que nesse embate os freqüentadores do Center Norte e arredores estão seguros? Aliás, não seria o momento de rever todas as construções construídas sobre antigos aterros? Ou vão esperar explodir, para ficar ainda mais evidente que o forte das autoridades paulistanas é a negligência?


Veja aqui a cobertura dos 15 anos da explosão do portal do Estado.
Em tempo: Center Norte ganha liminar e fica aberto.

2 comentários:

  1. Luiz Fernando Nascimento Filho30 de setembro de 2011 às 05:36

    Só uma coisa que eu ainda não entendi completamente. Já li notícias dizendo que sim e outras dizendo que não. Na época da construção do shopping, a mesma estava ilegal? Já na época da construção do Center Norte falavam que ali não se podia construir um shopping? Sabiam que não podiam fazê-lo e mesmo assim o construíram? Ou na época o governo não se pronunciou e o shopping, sem saber que não poderia ser construido ali, foi erguido com o pensamento de que estava tudo ok?

    Essa é minha única dúvida. Concordo plenamente que o shopping deve ser fechado, encerrar as atividades completamente para que se evite situações piores. Aliás, há quem diga que a situação pode ser revertida e há quem diga que não. Ninguém entra em acordo nenhum quanto a nada neste shopping. Porém, se na época da construção nada sabiam a respeito, temos que levar em conta um outro lado desta questão...

    Aliás, esse shopping aí de Osasco, a localização dele por si só já seria caso de estudo. Fica espremido no meio da cidade. Ali, qualquer coisa pode afetar ainda mais gente.

    Abraços, rapaz!!

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  2. Então, pelo que eu li aqui a licença foi concedida em 84 pelo Covas e não se sabe em quais circunstâncias. Mas é como diz o texto, objetivamente não faz diferença saber, já que a merda tá feita. E aquele negócio, o Center Norte não deve ser a única construção que corre esse risco. Por São Paulo a fora deve ter um monte de coisa em cima de lixão, o que também precisava ser investigado.
    Obrigado pelos comentários sempre enriquecedores!
    Abração

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