segunda-feira, 27 de junho de 2011

Onde está Juan?

Depois de um tiroteio entre traficantes e a polícia do Rio de Janeiro, o menino Juan de Moraes, de 11 anos, foi baleado e desapareceu da comunidade Danon, em Nova Iguaçu.


A grande questão é: onde está Juan? Quem levou a criança da cena do crime? O irmão dele foi ferido, mas passa bem.


Foram encontradas manchas de sangue em carros da polícia.


O @reporterdecrime, perfil do Twitter mantido pelo jornalista d'O Globo, Jorge Antonio Barros, lançou no microblog a hashtag #OndeestáJuan. A ideia é cobrar das autoridades o esclarecimento do crime e a entrega imediata dos responsáveis pelo desaparecimento da criança.


Aqui no blog já foram escritos diversos textos sobre a inumanidade de alguns membros da polícia paulista. Agora esse absurdo no Rio.


Brasileiros, devemos nos indignar com tais abusos de autoridade, combatê-los e cobrar o esclarecimento e a punição exemplar dessa escória que mancha a reputação de milhares de policiais que dão a vida para nos proteger.


Tuítem a tag #OndeestáJuan e vamos fazer parte da cobrança por um país mais justo e uma polícia mais humana.


Veja a notícia completa aqui

sábado, 25 de junho de 2011

Telejornais apostam em modelo "popular"

Popular não é sinônimo de porcaria. Pelo menos não deveria.


O Jornalismo televisivo tem se mexido. Ou melhor, os “donos da bola” têm movido seus pauzinhos para, dizem eles, levar mais informação de qualidade aos telespectadores. Será?


Há uma semana José Luiz Datena estava na Band e apresentava seu “Brasil Urgente”, programa da faixa das 17h que exibe as desgraças costumeiras de sempre – mortes, crianças sob escombros, marido assassino da esposa, roubos, furtos e, quando é a feliz época das enchentes a gente conta com aquelas imagens de pessoas ilhadas, barracos rolando com terra, pedras e gente, carros arrastados, gente que caiu no córrego etc. etc.. Lá, o apresentador vociferava contra o poder público e combatia as injustiças sociais e, para isso, a emissora pagava um salário-caridade de um milhão de reais por mês. Tudo ia bem, até que ele rompe seu contrato – que duraria mais cinco anos – e anuncia que vai para a Record. De novo.


Até 2003, ele estava pelas terras do bispo Edir Macedo. Saiu de lá brigado com a emissora. Processado pela emissora, Datena tinha 18 milhões de reais pendentes em multa contratual. Para a Band está devendo 20 milhões. O dono da Igreja Universal não só bancará a multa como vai “perdoar” (tão religioso que é) a dívida de 8 anos atrás.


Datena comanda o bom, velho e saudoso “Cidade Alerta”, programa da faixa das 17h que exibe as desgraças costumeiras de sempre... E assim vai. O “Brasil Urgente” fica com o também apresentador de peso Luciano Faccioli – radicado na Record. Só que Faccioli ficou sem comandante Hamilton, fiel escudeiro de Datena que foi na frente na mudança de emissora.


A Record traz de volta mais um programa extremamente sensacionalista à grade, para se juntar com o São Paulo no Ar – apresentado por Geraldo Luís, antigo âncora do falecido Balanço Geral de São Paulo -, aos boletins de notícias entre jornais, ao Hoje em Dia, de Celso Zuccateli (uma espécie de “Sônia Abrão da manhã”, que explora as mesmas desgraças de sempre e exuma casos constantemente, de Isabela Nardoni para pior, isso entre uma e outra receita de Edu Guedes e um entrevistado do reallity show A Fazenda).


Agora é a vez da Globo promover mudanças em seu jornalismo. Sai Renato Machado do Bom Dia Brasil – será correspondente em Londres – e entra o divertido Chico Pinheiro, o qual dá a vez no SPTV a César Tralli. Segundo colunas da Folha do Estadão, o motivo é “popularizar” o Bom Dia, que estaria “elitizado” demais por conta da seriedade e postura de Renato Machado. E os números mostram o porquê: um bom número de telespectadores vem migrando para a Record – no horário matutino, tem o Fala Brasil, de estilo “popular”, mais flexível e que tem sua boa pitada de apresentar desgraças humanas de forma bem aproximada – isso inclui filmar o atropelado cheio de sangue dentro da ambulância.


Segundo o Ibope, desde 2003, quando estreou o Fala Brasil, a audiência da Record apresentou aumento de 450% nessa faixa do dia. Hoje, no Estadão, o diretor de jornalismo da Globo, Carlos Henrique Schoreder, disse que é “absurdo” pensar nas mudanças como algo a tornar o jornal “popularesco” e esse não será o objetivo da emissora carioca.


Será mesmo?



Gráfico do R7


Por que apostar na morbidade dos acontecimentos e na sua exploração exaustiva? Por que não oferecer um jornalismo de qualidade ao público? Por que as pessoas preferem o jornalismo sanguinário?


Será que são as pessoas que o preferem ou a falta de opções "limpas" e tão atraentes quanto são negadas por conta da fórmula atual que é "sucesso de audiência"?


Muita vezes, o controle remoto não basta para garantir opções de qualidade. O que falta?

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Leitor sem-teto

E tem gente querendo exterminar/eliminar/vaporizar as pessoas que moram nas ruas.

Do Repórter de Crime






"Um mendigo lê sobre sociologia numa esquina do Rio. O livro é "Biblioteca geral de sociologia", de Nello Doti. Gaúcho, o rapaz está nas ruas do Rio há sete meses, sem trabalho nem abrigo. Fora do vídeo, ele criticou a ditadura do serviço social."

Visite o Palácio dos Bandeirantes nas férias

Vale visitar nas férias o Palácio dos Bandeirantes e tomar conhecimento de um dos símbolos da cidade de São Paulo. (Verificar informações no fim da página).


Bandeirantes urbanos*



Visitas ao Palácio dos Bandeirantes atraem turistas que desejam conhecer de perto o centro do poder paulista

Paulo Maluf e Orestes Quércia, joviais e sorridentes, quase lado a lado. Pode parecer ficção, mas não é. Os retratos de todos os governadores que ocuparam o cargo por pelo menos noventa dias, pendurados ao lado de duas escadarias de mármore, são uma das atrações para quem visita o Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, sede oficial do governo paulista.




[caption id="attachment_2011" align="aligncenter" width="1024" caption="O quinto, de baixo pra cima, é o senhor Paulo Maluf"][/caption]

A área de 126 mil metros quadrados comporta uma série de prédios e um jardim que ocupa mais da metade do terreno com cerca de duas mil árvores. Quem informa é Abigail, guia de visitação do Palácio há mais de 20 anos. “Tem Pau-Brasil, Cerejeira-Rosa, Pau-Rosa, Ipê Amarelo, pés de café”, e, para completar, esculturas da polonesa radicada no Brasil Felícia Leirner e do brasileiro Bruno Giorgi. O tour leva em torno de duas horas, iniciando-se pontualmente às 10h.


Visitantes


Não há um número preciso sobre quantos visitantes passam pelo Palácio por mês, “pois são escolas, grupos de turistas comuns, tanto nacionais quanto estrangeiros”, informa nossa guia. Ela diz que nossos vizinhos sul-americanos são os mais presentes, mas “vem gente do mundo todo”. Encontrei um grupo de visitantes da Romênia fazendo o passeio.


Gisele Vasconcelos, coordenadora do grupo estrangeiro faz a visita pela segunda vez. “Faço parte de um grupo intitulado The friendship force [A Força da Amizade]. Então, as pessoas vêm de fora e se hospedam nas casas dos membros, daí a gente faz passeios. Pelo segundo ano estamos vindo ao Palácio. É muito bom, e eles gostam muito.”


A partir de nove pessoas, a visita requer agendamento. A marcação é feita com facilidade por telefone.


Exposição


Além das obras pertencentes à decoração do Palácio, ocorrem exposições itinerantes, que fazem parte de um intercâmbio de peças entre os outros dois palácios do Governo (o de verão, no Horto Florestal e o de inverno, em Campos do Jordão).




[caption id="attachment_2010" align="aligncenter" width="1024" caption="Turistas vindos da Romênia fazem visita guiada pelo Palácio dos Bandeirantes"][/caption]

No final do ano passado, estava disponível a mostra de quadros e esculturas “Um percurso pela História - Os salões paulistas de Belas Artes”**. O acervo compreende artistas que participaram no período entre 1934 a 2003, como Tarsila do Amaral (“Os operários”, 1933) e Camargo Freire (“Capivari”, 1946). Porém algumas das obras lá expostas, não necessariamente participaram de algum dos Salões.

[caption id="attachment_2012" align="aligncenter" width="1024" caption="Convites para as mostras nos Salões Paulistas"][/caption]

Andar pelo antigo prédio da família Matarazzo é fazer uma visita pela História oportuno para conhecer os bastidores do poder paulista.

Palácio dos Bandeirantes
Av. Morumbi, 4.500 - Portão 2 -Morumbi - São Paulo - SP
Visitas orientadas: De terça a domingo, das 10h às 17h (de hora em hora)
Fone: (0xx11) 2193-8282
Entrada franca


*Matéria feita para o jornal laboratório Acontece, no final de 2010.


** Até o final de julho, a exposição em cartaz conta a história dos 3 palácios do governo e reúne obras de arte de ambas as localidades.

terça-feira, 21 de junho de 2011

40 anos. E o senhor ainda se lembra?

Os fãs de Chaves logo de cara reconhecem a indagação que dá título a esse post. Sempre que queriam apontar os "muitissíssimos" anos de alguém- geralmente do Seu Madruga - ao lembrar um fato da juventude, utilizam-se do "e ainda se lembra?". Pois é, faz 40 anos que o grande "El Chavo del Ocho" foi criado! Exibido em 1971 e ainda hoje consegue arrancar risos de pessoas de todas as idades - inclusive de mim (já decorei 95% das falas de todos os episódios e é impressionante: choro de rir com a maioria dos episódios). Recentemente, o criador, Roberto Gomes Bolaños, fez um Twitter que já conta com mais de 720 mil seguidores.


Veja as informações completas:


Do 24 Horas News




21/06/2011 - 20h45
'Chaves', o menino eterno da TV mexicana, faz 40 anos
Da AFP






Há 40 anos estreava na televisão mexicana Chaves, um modesto programa de comédia que contava as aventuras de um menino órfão que morava em um barril, uma história que não parecia destinada ao sucesso, mas que se tornou um ícone da cultura latino-americana.

O primeiro episódio do personagem criado por Roberto Gómez Bolaños, que o interpretava, foi exibido em 20 de junho de 1971 e ficou no ar até 1995. Apesar de, desde então, não se voltarem a gravar episódios, quase "sem querer querendo" (uma de suas frases lapidares), ele se tornou um dos personagens latino-americanos mais conhecidos no mundo.

Seu autor, agora com 82 anos, recebe mensagens de cumprimento através de sua conta no microblog Twitter, aberta no fim de maio e que já tem um milhão de seguidores. Os parabéns vêm sobretudo da América Latina, mas também em holandês (dirigidas ao De Jongen van Nummer 8), e alemão (ao Der Junge aus der 8), em português (Chaves) e até em japonês.

Graças à televisão via satélite, os episódios de Chaves e outros congêneres também criados pelo prolífico Bolaños, como a paródia de super-herói Chapolim Colorado, atravessaram fronteiras.

Gómez Bolaños sempre interpretou Chaves no pátio de uma vizinhança pobre como os que abundam na Cidade do México, onde várias famílias compartilham instalações como banheiros, entrada e área de serviço, e onde o menino órfão se escondia em um barril para que ninguém o visse chorar.

Ao lado dele, seus companheiros também ganharam fama: María Antonieta de las Nieves no papel de Chiquinha; Ramón Valdez, falecido em 1988, intérprete de Seu Madruga; Carlos Villagrán como Quico; Rubén Aguirre, o professor Jirafales; Edgar Vivar, o Nhonho, e a dona Florinda, interpretada pela mulher do autor, Florinda Meza.

A popularidade do programa é demonstrada pelo fato de que é um dos mais falsificados, segundo relatório publicado em maio no México. "Os informes nos mostram que o conteúdo latino-americano que mais é pirateado, o que mais é roubado, é o de Roberto Gómez Bolaños", destacou a Motion Pictures Associated (MPA).

CChaves - no original El Chavo del ocho, assim chamado por causa do canal de televisão onde foi exibido inicialmente - arrebatava na década de 1980, 350 milhões de telespectadores por semana, com traduções para mais de 50 idiomas e transmissões em países tão longínquos como China, Japão, Coreia, Tailândia, Marrocos, Grécia e Angola.

A acolhida abriu caminho para a criação de uma revista em quadrinhos, em 1974. Em 2006, a rede Televisa reviveu os personagens em um programa de desenho animado e este ano estreou, na Cidade do México, uma peça de teatro inspirada na história.

Apesar do sucesso no exterior, Chaves, que nunca conseguiu dizer seu verdadeiro nome ou endereço porque sempre outro personagem o interrompia, desviando a conversa, nunca foi isento de críticas no México.

No começo, os setores mais abastados o consideravam pouco apto para as crianças e suspeitamente vinculado à cultura popular para ser educativo. "Mas Chaves sempre defendeu valores como a honestidade, a solidariedade, a simplicidade", defendeu-se Gómez Bolaños, em entrevista concedida em 2005.


Você sabe com quem está falando?

Vi no Não Salvo, mas o vídeo é sério. Assista até o final, vale à pena. Mais uma grande palestra de Mário Sérgio Cortella:






segunda-feira, 20 de junho de 2011

Já pensou nisso?

[numa conversa de telemarketing]

- Posso ajudá-lo em mais alguma coisa?

- Não. É só isso.

- A Companhia agradece, tenha um bom dia.

- Espera!

- Pois não, senhor.

- Você percebe o que me falou?

- Disse algo de errado, senhor?

- Você me desejou um bom dia!

- Sim, senhor. Esse é o desejo da nossa empresa e...

- E qual o seu?

- Perdão, o meu o que, senhor?

- O seu desejo. Você realmente quer me desejar bom dia?

- Bem, senhor...creio, eu creio que sim.

- Então você não tem certeza?

- Senhor, desculpe, mas há outros clientes na espera. Posso ajudá-lo em mais alguma coisa?

- Sim, pode.

[silêncio]

- Senhor?

- A senhora foi pelo menos um pouco sincera.

- ?

- A Companhia agradece, mas a senhora me deseja um bom dia. A troco de que? Qual é sua vontade em que eu tenha um bom dia? Eu ter um péssimo ou um bom dia é completamente indiferente. Já pensou nisso?

- Eu nunca tinha pensad...lamento, senhor. Mas se o senhor não tiver mais dúvidas, a ligação vai ser desligada. Algo mais?

- Não, obrigado.

- A Companhia agradece [clic] - [desligou e sorriu com ele mesmo]

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Surgido de uma aula no curso do inglês: quantos "obrigados" e "bons dias" indiferentes ou sem sinceridade você dá por dia? Já parou para contar?

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Reformulação - Ajuda do(a)s leitore(a)s

Povo,


Ando ausente aqui. Dois são os motivos:


1 - Faculdade consumindo tempo e recursos físicos, mentais e espirituais.


2 - Falta de inspiração e de foco.


E pra resolver o problema dois preciso da ajuda de quem lê aqui.


Quero saber o que vocês, leitores e leitoras, gostariam de ver nesse humilde espaço.


Ultimamente tenho meramente republicado notícias/textos interessantes por aqui. Mas, sobre qual tema?


E material próprio, escrever sobre o que?


O que você procura quando chega aqui?

Até agosto, quero contar com sua opinião. Podem responder ao que eu propus aqui ou soltar o verbo por conta!

Na caixa de comentários desse post quero saber o que você pensa.

Até agosto não vou postar absolutamente nada. Quero saber o que vocês preferem.

Conto com a participação de qualquer desavisado pessoa que chegar aqui. [Respondam pelo Twitter, Facebook também]

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