quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Enterrado vivo

[O vídeo do post era pra ter ficado melhor, porém o programa de edição não colaborou]

Gente se espremendo para conseguir chegar em casa. É a rotina do paulistano. Devem estar pensando: "putz, que cara chato, não sabe falar de outra coisa, só transporte". Aproveitei sugestão do amigo e leitor Marcelo Albuquerque e da barbárie da qual, involuntariamente, participei: entrar no trem que faz a linha Osasco-Grajaú às 18h30 de hoje. O vídeo não contempla tudo o que vi. Pessoas se espremendo para caber no trem, empurrando uns aos outros de forma brutal, animalesca. E tenho consciência de que isso não é o pior: tem gente enfrentando animalidades maiores por ai. Mas, hoje, fui enterrado vivo no meio da multidão naquele trem.


As eleições já estão, segundo as pesquisas, praticamente definidas. Quem estava aí, até agora, não fez quase nada pra amenizar a situação dos transportes (e o pouco feito é insuficiente). E quem está por vir, tampouco se preocupará, qualquer que seja a legenda, afinal de contas, essa corja tem helicóptero. Pra que se espremer, não?


Vejam os vídeos abaixo. O primeiro é de minha autoria. Os na sequência são flagrantes piores.







Nesse, algumas pessoas paracem gostar do perigo e da falta de trens. Acham que é um Hopi Hari às margens do Rio Pinheiros.







[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=S-5SFIE48VI&feature=related}

2 comentários:

  1. Hoje, tive que pegar o trem aqui em Pirituba, logo cedo. A linha Rubí estava funcionando pela metade, entre Jaraguá e Perus os trens estavam parados, por problemas elétricos. Os trens estavam passando em um intervalo de 30 minutos, várias pessoas lotando ônibus e mais ônibus de Perus até Pirituba pra poder pegar o trem. Depois, até a Barra Funda, fomos espremidos como dava, ou melhor, como não dava...

    Hoje estava muitíssimo complicado...

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  2. Pois é, eu consegui entrar no que ia só até a estação Jurubatuba, e não até a Grajaú. Conversei com um moça deficiente. Ela disse que aqueles inferno é reproduzido todo dia e que, por ela ter dificuldades de locomoção, o desrespeito é muito grande. Hoje e sempre estará complicado.

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