Link para ver e votar. Vídeo reportagens gravadas em celular. Vote GRUPO 22.
http://dacam.serifos.uni5.net/concursos_dacam.php
terça-feira, 25 de maio de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Nossa primeira vídeo reportagem!
Confiram abaixo a nossa primeira video reportagem. Totalmente gravada em celular.
Diego Moura, Paula Suenny, Paulo Gervino e Thiago de Oliveira
Breve, haverá uma votação para eleger as melhores. Assim que sair o link, disponibilizo aqui!
http://www.youtube.com/watch?v=6H8Kon4iihM
Diego Moura, Paula Suenny, Paulo Gervino e Thiago de Oliveira
Breve, haverá uma votação para eleger as melhores. Assim que sair o link, disponibilizo aqui!
http://www.youtube.com/watch?v=6H8Kon4iihM
sábado, 15 de maio de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Mundo ônibus
19h02 - Parada da Av. Faria Lima - São Paulo - SP
Frio lá fora. Calçada cheia. Pessoas expostas ao vento e à garoa. Objetivo: entrar num ônibus e chegar em casa. Preço da passagem: R$ 2,70. Estudante paga meia. Dois reais e setenta centavos para subir a bordo de um veículo para viajar de pé. Todos têm essa oportunidade? Não.
Um fiscal da SPTrans aparece na janela do lado de fora do ônibus. Tem a aparência de uns 30, 40 anos. Gordo. Mal-humorado, porém educado:
- Pode descer. Você não pediu. Pode sair.
Ele se dirige a um garoto. Treze, catorze anos no máximo. Roupas inteiras, sem rasgos. Sujo. Cor da pele: acentuamente, escura.
- Não vou sair. Ele me disse que eu podia pegar uma carona lá.
- Vai sim! Faz favor! Você não pediu. Entrou por trás sem falar nada.
Uma mulher diz:
- Não sai não.
Murmúrios dentro do ônibus.
Um rapaz próximo à mulher:
- Amiguinho, é melhor você sair. Tá atrapalhando todo mundo. Ou você sai, ou a gente te põe pra fora.
O fiscal chega próximo à porta. O cobrador pede, educadamente, para que o garoto se retire. Este reluta, mas resolve sair. Derrotado. Certamente, como em tudo o que tem feito ultimamente. Onde desceria? Para onde estava indo? Por que estava sem dinheiro e completamente só? Nunca saberemos. Após a descida, o rapaz e uma outra mulher que falava ao celular começaram a debater o caso.
"Ah, se eu não tivesse falando no celular...eu tinha pago a passagem dele" (M)
"A senhora nem sabe...já estive num ônibus em que aconteceu isso e o moleque assaltou" (H)
"O fiscal humilhou ele."
"O moleque mesmo se humilhou quando subiu. Tá errado."
"Mas ele não tem dinheiro. Vai fazer o que?"
"Então por que tá na rua? Tem que defender o trabalhador brasileiro."
"Cada caso é um caso."
"É tudo igual."
"Não custava nada ter deixado ele subir. Uma vez ou outra."
"Eles tem que fazer o trabalho deles. O menino tá errado. Se não para ele, nunca corrige. Sempre vai fazer isso. Você gostaria que chegassem e bagunçassem o seu trabalho pra você ser demitida?"
"O que tem o meu trabalho a ver com isso?"
Após a discussão, a mulher perdeu seus argumentos e foi grossa com o rapaz. Silêncio. O homem desce. Ela e sua amiga continuam o assunto; desconfio que seja por que perceberam que estou tomando notas a respeito.
Pior do que expressar seus preconceitos e estereótipos, como o fez o homem, é agir de forma esquiva: "ah, se eu não tivesse isso", ou "ah...se eu estivesse aquilo". Ao invés de ficar no "e se", por que não agir?
E mais uma pro livro "aconteceu no ônibus".
Frio lá fora. Calçada cheia. Pessoas expostas ao vento e à garoa. Objetivo: entrar num ônibus e chegar em casa. Preço da passagem: R$ 2,70. Estudante paga meia. Dois reais e setenta centavos para subir a bordo de um veículo para viajar de pé. Todos têm essa oportunidade? Não.
Um fiscal da SPTrans aparece na janela do lado de fora do ônibus. Tem a aparência de uns 30, 40 anos. Gordo. Mal-humorado, porém educado:
- Pode descer. Você não pediu. Pode sair.
Ele se dirige a um garoto. Treze, catorze anos no máximo. Roupas inteiras, sem rasgos. Sujo. Cor da pele: acentuamente, escura.
- Não vou sair. Ele me disse que eu podia pegar uma carona lá.
- Vai sim! Faz favor! Você não pediu. Entrou por trás sem falar nada.
Uma mulher diz:
- Não sai não.
Murmúrios dentro do ônibus.
Um rapaz próximo à mulher:
- Amiguinho, é melhor você sair. Tá atrapalhando todo mundo. Ou você sai, ou a gente te põe pra fora.
O fiscal chega próximo à porta. O cobrador pede, educadamente, para que o garoto se retire. Este reluta, mas resolve sair. Derrotado. Certamente, como em tudo o que tem feito ultimamente. Onde desceria? Para onde estava indo? Por que estava sem dinheiro e completamente só? Nunca saberemos. Após a descida, o rapaz e uma outra mulher que falava ao celular começaram a debater o caso.
"Ah, se eu não tivesse falando no celular...eu tinha pago a passagem dele" (M)
"A senhora nem sabe...já estive num ônibus em que aconteceu isso e o moleque assaltou" (H)
"O fiscal humilhou ele."
"O moleque mesmo se humilhou quando subiu. Tá errado."
"Mas ele não tem dinheiro. Vai fazer o que?"
"Então por que tá na rua? Tem que defender o trabalhador brasileiro."
"Cada caso é um caso."
"É tudo igual."
"Não custava nada ter deixado ele subir. Uma vez ou outra."
"Eles tem que fazer o trabalho deles. O menino tá errado. Se não para ele, nunca corrige. Sempre vai fazer isso. Você gostaria que chegassem e bagunçassem o seu trabalho pra você ser demitida?"
"O que tem o meu trabalho a ver com isso?"
Após a discussão, a mulher perdeu seus argumentos e foi grossa com o rapaz. Silêncio. O homem desce. Ela e sua amiga continuam o assunto; desconfio que seja por que perceberam que estou tomando notas a respeito.
Pior do que expressar seus preconceitos e estereótipos, como o fez o homem, é agir de forma esquiva: "ah, se eu não tivesse isso", ou "ah...se eu estivesse aquilo". Ao invés de ficar no "e se", por que não agir?
E mais uma pro livro "aconteceu no ônibus".
terça-feira, 4 de maio de 2010
Fácil?
Por que as pessoas preferem os caminhos mais fáceis? Afinal de contas, nem sempre o atalho é a melhor alternativa. Fico profundamente chateado quando optam pelo mais simples em detrimento de algo mais analítico, reflexivo e até subliminar. Ficar no comum ou na superfície, como diria meu ex-professor de História. Brevemente, na minha profissão extrapolar aquilo que é o básico será a regra, e não a exceção. Mas, feliz ou infelizmente, é assim que conhecemos as pessoas que nos cercam. Sabemos o que esperar de cada uma delas. Sim, é um desabafo.
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