...e se chama vestibular. Isso mesmo queridos leitores e leitoras do nosso espaço. Estou envolvido com uma série de eventos para o vestibular da Cásper Líbero: palestras sobre as obras literárias e os filmes que fazem parte da prova. Os simulados também fazem parte, agora mais intensamente, da minha rotina. Fora os trabalhos escolares e os estudos das matérias (Matemática, Física, Química e etc...) durante a tarde. O ENEM vem aí, na sequência FUVEST e Cásper Líbero. Portanto, despeço-me de vocês nesse momento. Voltarei a escrever assim que for possível ou surgir algum assunto de "grande" porte.
Abraços a todos!
sábado, 12 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Cronologia da crise financeira
Para entender melhor a crise financeira, a BBC montou uma espécie de "linha do tempo" a respeitos dos desdobramentos do maremoto do mercado financeiro. Basta clica aqui.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Alberto Caeiro e suas sensações

Hoje, assistimos à peça "Manda, Caeiro" na Universidade Anhembi-Morumbi. Interessante abordagem do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro. Desde que vímos Fernando Pessoa fiquei fascinado com sua maneira de escrever e intrigado com a capacidade de ele criar pessoas diferentes que escrevem sob aspectos antagônicos (heterônimo).
Caeiro, o poeta das sensações, não via razão em pensar. Bastava ver, sentir. Qualquer coisa que extrapolava os sentidos não valia à pena. Reproduzo trecho de uma composição polêmica, porém genial.
Num meio-dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!
Um dia que Deus estava a dormir
Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
(...)
Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar no chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou —
"Se é que ele as criou, do que duvido" —
"Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
Para ler este e outros poemas na íntegra clique aqui
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