sexta-feira, 27 de março de 2009

Adesão involuntária sempre

Sábado apague as luzes por 60 minutos

Antonio Gaspar

A população mundial está sendo convocada a integrar neste sábado, dia 28, às 20h30, da Hora do Planeta, ato simbólico, pelo qual os participantes apagam as luzes por uma hora para demonstrar preocupação com o aquecimento global e as mudanças climáticas. A ação deverá contar com a adesão de governos, empresas e pessoas físicas.
A organização ambientalista WWF está participando neste ano pela primeira vez do evento. Os organizadores esperam a adesão de mais de um bilhão de pessoas em mil cidades do mundo.
Em 2007, realizado pela primeira vez em Sidney, na Austrália, o evento contou a adesão de 2,2 milhões de pessoas. Em 2005, participaram 35 países e 400 cidades. Foram desligadas as luzes do Coliseu, em Roma, da Ponte Golden Gate, em São Francisco, da Opera House, em Sidney, entre tantos outros símbolos globais.
As cidades de São Paulo, Brasília e Porto Alegre já anunciaram a adesão ao ato. No Distrito Federal serão apagadas as luzes do Congresso, Catedral, Esplanada dos Ministérios, entre outros. Em Porto Alegre, serão desligadas as da estátua do Laçador e da Usina do Gasômetro. Em São Paulo, ficarão às escuras a Ponte Estaiada, Monumento das Bandeiras, Viaduto do Chá, Estádio do Pacaembu, Teatro Municipal, Obelisco e Parque do Ibirapuera.
"São Paulo participa pela primeira vez da Hora do Planeta por que o movimento é uma oportunidade de alertar as pessoas sobre a importância de conservação da natureza, do uso sustentável dos recursos naturais e do uso de energias limpas. É um evento de simbolismo, solidariedade e, principalmente, preocupação contra o aquecimento global", disse o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
Só espero que a Eletropaulo não saiba disso, pois senão teremos adesão involuntária. Bom, é o que já temos há algum tempo. Luzes apagas por muito tempo.
Todos estão no escuro. Tanto faz apagar ou acender as luzes. O que importa?

Para os chocólatras

Segue link abaixo para os chocólatras, assim como eu. Fotos de dar água na boca.

"Os chocolates que marcaram época"

http://www.terra.com.br/pascoa/infograficos/chocolates-que-marcaram-epoca/1891.htm

domingo, 22 de março de 2009

Torcidas organizadas = quadrilhas do futebol

Muitas vezes as confusões começam em campo. Empurrões, socos e ponta-pés são frequentes das partidas de boxe, digo futebol. Para completar ainda contamos com as torcidas organizadas.
Essas entidades são causadoras dos tumultos em grande parte dos casos. O embate acaba com o apito do árbitro, mas não funciona assim. Quem entra nisso já sabe que é pra brigar. Em uma discussão na aula de Sociologia fizemos um debate sobre a questão das organizadas no futebol. O último objeto em que uma torcida organizada pensa no dia de jogo é no futebol.
No Brasil que é considerado o país do futebol deveria haver um controle mais rígido sobre os arruaceiros dos estádios, com punições sérias e verdadeiras. E tornar ilegais esses mecanismos de implantação de violência que as torcidas organizadas se tornaram. O esporte, ao invés de lazer e diversão acaba se tornando mais um agente que contribui para o aumento das taxas de criminalidade e vandalismo. Um cara sozinho não faz o que um grupo faz. Um grupo dá respaldo às ações criminosas do cidadão, que se sente protegido pela esfera do grupo. Isso é fato.

Ou os membros da torcida viram pessoas civilizadas, ou se acaba logo com isso para evitar desgraças e tornar a ida aos estádios segura.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Quando convém

O recorde de popularidade do presidente Lula foi omitido pelos telejornais da Globo. Achei "engraçado" hoje durante o Jornal Nacional (?) a notícia de que por conta da crise a popularidade de Lula caiu 9 pontos.


"Avaliação positiva do governo Lula tem queda de 9 pontos, diz CNI/Ibope

O índice é o mais baixo registrado desde junho de 2008. 64% dos entrevistados consideraram o governo bom ou ótimo.

Pesquisa CNI/Ibope divulgada na tarde desta sexta-feira (20) mostra queda de 9 pontos percentuais na avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em dezembro, 73% dos entrevistados consideravam o governo bom ou ótimo, enquanto no levantamento realizado neste mês de março mostra avaliação positiva 64%."


Esse texto foi retirado do portal de notícias da Globo. Isso serve de prova, mais uma vez, para mostrar a manipulação da notícia, e ilustra a "manobra de massa". Certo, Sami, Eric e Wilson?

terça-feira, 17 de março de 2009

Direito de resposta

Estava há pouco assistindo o Jornal da Record. Fui surpreendido e achei que estava iniciado o combate entre as facções criminosas legais que alguns chamam de partidos políticos. O Jornal da Record usava palavras ásperas, acusando o jornal Folha de São Paulo de promover matérias caluniosas, que visam derrubar a emissora de TV. Mostrou-se uma série de matérias assinadas por Daniel Castro, do caderno "Ilustrada". Todas continham informações que atacavam de alguma forma a Record e seus membros, uma delas falava sobre a audiência do canal de notícias Record News. A Folha afirmou que a Globonews ganhava até 4 vezes mais audiência. Dados contestados, inclusive por parte do Ibope, divulgador da suposta pesquisa de preferência dos telespectadores. Acredito que tenha motivação política, talvez pela Record não ser fanática em derrubar o governo Lula e não lançar seu próprio candidato nas eleições de 2010.

domingo, 15 de março de 2009

MOVIMENTO DE COMBATE À CORRUPÇÃO ELEITORAL

"Veja o texto completo do projeto de lei em: www.lei9840.org.br/iniciativapopular.htm"

PROJETO DE LEI DE INICIATIVA POPULAR SOBRE A VIDA PREGRESSA DOS CANDIDATOS:

Uma espécie de mega-abaixo-assinado para colocar em prática a lei de inelegibilidade de candidatos condenados, ou seja, não entram quem não tiver a ficha limpa. Entrem no site, informem-se e imprimam o formulário. Preencham e enviem, pois só com uma grande mobilização nacional é que poderemos mudar esse país para melhor. Se cada eleitor fizer sua parte poderemos, muito em breve, ter uma política menos suja e ímpia.

"O Povo não deve temer seu governo, mas o governo temer o Povo" (V de Vingança)

sexta-feira, 13 de março de 2009

Literatura de cordel

Peço licença para publicar texto que recebi por e-mail, do meu tio (Prof. Toni):

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA

Miguezim de Princesa

I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.
II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.
III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.
IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.
V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.
VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.
VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.
VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.
IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.
X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.
Não há o que dizer...

sábado, 7 de março de 2009

A farra do boi gordo

Não posso dizer que sou fã de futebol. Assisto a alguns jogos apenas, geralmente os do São Paulo (time para o qual eu torço). Essa semana fui obrigado a assistir à "estreia" de Ronaldo no Corinthians. Um retorno que não visa o futebol como jogo, mas sim como puro marketing. Ronaldo volta gordo. A Globo/Sportv fazem uma força e propaganda terrivelmente fanática e alheia à realidade do antigo bom jogador.
O absurdo já começou nas chamadas do jogo que circularam pela emissora. O foco mais uma vez deixou de ser o futebol.
Mal sabia eu que o pior ainda estava por vir. Durante o jogo especulou-se sobre a entrada de Ronaldo. Quando o cara começou a se aquecer, deixaram de filmar o contra-ataque do Itumbiara para mostrar Ronaldo. Quando ele entrou, foi ovacionado pela torcida que abandonou o conceito time, dando ênfase a Ronaldo. Ele não passou do meio-de-campo o jogo inteiro. Isso é que é futebol! Assim até eu...

O que é pior nisso tudo foi a cena grotesca: gol do Corinthians. Todos os jogadores no banco saltam e vão para o campo. Ronaldo se arrasta. Ai vem o comentário de Cléber Machado. "Ele está certo. Não está forçando a musculatura, para explodir no jogo". Fiquei indignado. A falta de preparo e de forma física, que supostamente estão curadas segundo o mesmo comentarista, foram transformadas em não forçar a musculatura...

Exatamente por esse fanatismo idiota, e por outros motivos é que sou contra a forma como o futebol é tratado no Brasil.

Absurdos sem limites

Muitos acompanharam o caso da menina de 9 anos que engravidou de gêmeos ao ser estuprada pelo padastro (23). Os médicos abortaram os dois fetos, pois a gravidez seria extremamente perigosa, e certamente a menina morreria. O arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho excomungou todos os que participaram do ato "satânico". Impressionante a desumanidade que a igreja católica pratica. É hipocrisia defender atos humanitários, e praticar uma barbárie desse naipe.





quinta-feira, 5 de março de 2009

Ociosidade

A ociosidade é um sentimento estranho. Reclamamos por ter que fazer nossas (como o nome já diz) obrigações. O que me acontece agora (e por isso escrevo) é justamente a falta de outras distrações ou leituras para realizar. Estou só e não há ocupações. Livros comprados. Livros lidos?
Chamam-me tradicional ou conservador. Não acho isso ruim. Tenho quase certeza de que nasci no tempo errado. Invejo um tempo mais antigo, no qual os grandes homens dominavam a Matemática, Física e Química. Pessoas que viajavam por todo o mundo e que falavam e escreviam sete ou oito idiomas. Eram "doutores" em História e Geografia. Criam na Filosofia e na Lógica. Mas o meu tempo não é o das academias gregas, mas dos colégios e faculdades públicos e particulares. Não é mais do jovem ansioso por obter conhecimento, mas sim a mente fértil da juventude contaminada por ideias de conformismo, comodismo e a lei do menor esforço. Vive-se o tempo do desinteresse. Quem busca o conhecimento está errado, e o que busca ficar ignorante está certo. Farei parte dessa sociedade com valores invertidos, mas não venderei aquilo em que acredito. Enquanto grande parte dos jovens dorme, eu e aqueles que tem opinião semelhante à minha poderemos realizar grandes feitos, e quando os que dormem despertarem (se isso ocorrer) verão o que nós fizemos, ficarão boquiabertos e nos odiarão pela sorte que eles mesmos escolheram para si.

Desta ociosidade, publico a ideia que me surgiu. É isso aí.

domingo, 1 de março de 2009

A periférica periferia

Seguimos de carro. Vidros escuros. Apenas proteção por causa dos raios solares, ou para evitar ver a situação mais a fundo? Passamos por ruas esburacadas (verdadeiras crateras). O veículo segue devagar, quase parando. Em uma rua sai um homem dirgindo seu carro sem olhar para os lados, apenas olhando para frente. Rapidez = batidas = problemas sabe-se lá com quem. Mais a frente o namorado ensina sua parceira a dirigir sua motocicleta. Domingo, com ruas cheias de carros, onde inclusive passam ônibus e micro-ônibus. As pessoas andam pelo meio da rua, ignorando completamente a existência da calçada. Em locais onde não há calçada, há a reclamação. Entulhos e lixos domésticos espalhados pelas calçadas. Carros que não valem nem dois mil reais, com possantes aparelhos de som de cinco, dez mil de nossos valiosos reais. A multidão paulistana ouve o "funk" carioca. Ou ouve o "black" importado, logicamente sem saber do que se trata a letra. As redes de alta tensão cheias de cadáveres de pipas. O calor é insuportável do lado de fora. O ar-condicionado é ativado.
Homens sem camisa se misturam às mulheres com pequenos pedaços que pano que chamam shorts ou camisetas. Crianças desde já se insinuam com suas mini-roupas. Resultado: mais crianças. As pessoas ficam indiferentes, conversam à beira de suas calçadas, na frente de suas casas. Pensam somente no dia de amanhã. No trabalho de amanhã cedo. No trânsito e no ônibus lotado com seus compatriotas. Acabou o jogo de futebol na Globo. Dois homens com sua bandeira de time saem em uma moto pelas ruas gritando, buzinando e acenando. Todos os bares ligados à TV e ao futebol. As camisas de times se multiplicam. As crianças de fralda brincam sobre o asfalto, atrapalhando a passagem dos carros.
As multidões se dirigem às igrejas, às casas dos senhores. Buscam deuses que abandonaram ou sequer existiram nesse lugar. Locais há muito tempo esquecidos pela Providência Divina (e também pela previdência).
A lua sobe iluminando as casinhas de tijolos nus e expostos. Queria que Kassab, Marta, Alckmin, Serra, Lula e todos os outros políticos vivessem a vida daquelas pessoas.
Seres humanos culpados de sua miséria devido ao seu comodismo, ou pessoas sem escolha?
Nisso tudo, uma pergunta me incomoda: quantos livros há naquela localidade e quantos já foram lidos?
Será que é possível acreditar em melhorias, seja de onde venham?